Belém do Pará Projetos Serra Pelada Madeira de ouro - Saccaro

Os bolinhos ganharam os ingredientes do Pato no Tucupi. Sem esquecer do palmito pupunha servido na casca. O melhor horário para conhecer a Estação.
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Revista Saccaro CasaS - Ano 3 - #4 - março de 2015

Serra Pelada

A corrida do ouro da década de 80, que mobilizou mais de 100 mil homens

Belém do Pará

Os mil e um encantos da bela e efervescente capital paraense

Projetos Cinco propostas criativas e funcionais para ambientes internos e externos

Madeira de ouro Mesa Serra Pelada, design inspirado nas riquezas naturais e na história do Brasil

MESA SERRA PELADA Design Roque Frizzo

D E S I G N H A B I TAT

30 ANOS DE DESIGN AUTORAL

Em mais de 70 lojas no mundo • saccaro.com

A revista Saccaro CasaS é uma publicação da Saccaro, com circulação restrita e dirigida. É vedada a reprodução total ou parcial do conteúdo desta revista sem prévia autorização e sem citação da fonte. Criação e Execução Contexto Marketing Editorial Ltda. Rua Cel. Bordini, 675 / cj. 301 Porto Alegre/RS – Brasil – CEP 90440-000 Fones: (51) 3395.2515 (51) 3395.2404 Projeto Editorial, Edição e Redação Milene Leal [email protected] Atendimento Izabella Boaz [email protected] Redação Flavia Mu, Cris Berger, Milene Leal Projeto Gráfico e Direção de Arte Claudio Franco - Desenho Design Fotografia Cris Berger, Antonio Milena, Getty Images, Guilherme Jordani e arquivo pessoal dos profissionais Revisão Flávio Dotti Cesa Tiragem 15 mil exemplares Impressão Gráfica Pallotti Coordenação Geral - Marketing Saccaro Saccaro - SM Gestão e Negócios Ltda. Av. Rio Branco, 1.428 B - Ana Rech Caxias do Sul - RS - Brasil - (54) 4009-3600 [email protected] saccaro.com

Errata: na edição anterior cometemos um erro de identificação na foto publicada na página 83. A imagem mostra a arquiteta Vanessa Schmidt, sócia do escritório Blanc Concept Design, incorretamente creditada como Tábata Luana Gesser, também profissional do escritório. Pedimos desculpas pelo equívoco!

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Serra Pelada foi um marco na história do Brasil. Tão importante e tão emblemático que inspirou a criação de diversas manifestações artísticas e culturais: filmes, documentários, livros, ensaios fotográficos, além de inúmeros estudos antropológicos, econômicos e sociais. O formigueiro humano agora serviu de inspiração para um outro tipo de arte: o design. As curvas esculpidas na montanha pelos garimpeiros moldaram o corpo da mesa Serra Pelada, criação do designer Roque Frizzo. Ousadia, sensibilidade, talento e um extremo cuidado na execução se uniram para dar vida a um produto belíssimo. Um objeto que também merece passar para a história, uma peça de design singular, que carrega em suas curvas um pedaço da vida do nosso país.

Os editores

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Serra Pelada: a segunda maior concentração de trabalho humano do mundo, depois das pirâmides do Egito. O sonho da riqueza.

Belém do Pará: descubra as maiores atrações da bela e “quente” (em todos os sentidos) capital paraense

Gastronomia: a culinária paraense é muito rica, com forte influência indígena e ingredientes únicos

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Projetos: cinco propostas inspiradoras para ambientes internos e externos

Mesa Serra Pelada: design inovador e ousado, inspirado nas riquezas naturais e na história de nosso país

Design 20, 26, 40, 54, 78

História

Em busca da terra do

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A terra, desde os primórdios da civilização, é provedora da sobrevivência, a partir do plantio de alimentos, mas também de fascínio, com extração de minerais, como ouro, prata e diamante. As histórias das navegações e as conquistas dos homens nos séculos XVII e XVIII criaram o imaginário sobre a descoberta do ouro: esperança de riqueza fácil.

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História

Portugueses cruzaram o oceano em busca de ouro nas Américas. Minas Gerais fez dinheiro para tantos. E quando já não se podia acreditar que o Brasil ainda resguardasse tesouros, eis que surge Serra Pelada. Um lugar profundo por tudo que ali se passou. Uma mistura de terra, ouro e água, poder, história, violência e ganância. A região – hoje pertencente ao município de Curionópolis – fica no Pará, ao

Norte do País. Em 1979, a primeira pepita de ouro foi encontrada por um trabalhador de uma fazenda e, tempo depois, confirmada pelas autoridades locais. A notícia correu o Brasil e, nos primeiros meses de 1980, mais de 30 mil homens chegaram em busca do ouro. Num processo de extração artesanal, o solo retirado era quebrado, lavado e passado no mercúrio. A mistura, quando aquecida, evaporava o

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mercúrio e deixava apenas o sonho dourado, motivação de uma das histórias mais surreais do Brasil. Não só pessoas humildes entravam naquela busca esperançosa por uma mudança de vida. De acordo com Sirlei Gedoz, doutora em História do Brasil e professora de História Contemporânea na Unisinos, garimpeiros e lavradores misturavam-se a médicos, motoristas, padres, engenheiros e tudo que é gente. “A história, acredito, justifica esse movimento. Quando falamos nos anos 1980, costumamos denominá-los como a ‘década perdida da economia brasileira’. Tivemos um dos maiores índices de desemprego já vividos e pessoas eram presas por vadiagem. A nova corrida do ouro surge como esperança”, conta Sirlei Gedoz. A área tornou-se o maior garimpo a céu aberto do mundo. É considerada a segunda maior concentração de trabalho humano depois das pirâmides do Egito. Os militares interferiram, tentando organizar o caos, sob comando do major Sebastião Curió. Para evitar possíveis confusões, mulheres e bebidas não entravam nos garimpos da Serra Pelada. “Homens de pequena estatura, magros, tímidos num primeiro momento, em passos rápidos ou lentos, sempre caminhando com cargas, na velocidade constante. Eram tantos que as mortes nas avalanchas de terra causavam pouco impacto. A fileira voltava a se formar e a se movimentar. O retrato era semelhante ao das Minas Gerais do século 18. O Brasil assistiu pela TV às cenas de homens que moravam e comiam mal e trabalhavam como escravos. E do tempo da Colônia viria ainda o modelo de controle. Os generais deram aval a Curió para reagrupar os homens numa grande aldeia, onde prevaleceria

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História

o sistema de tutela, com o controle de armas e saídas, como na época em que se aprisionavam carajás ao longo do Araguaia”, descreve o livro “Mata!: o Major Curió e as guerrilhas no Araguaia”, de Leonencio Nossa. A história da Serra Pelada comoveu o mundo pelas lentes do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, que registrou o “formigueiro humano”. E as fotos ainda ecoam. “Quando cheguei, a sensação foi muito forte. O que senti foi como se eu estivesse escutando o ouro na alma das pessoas”, disse no documentário de Victor Lopes. Mais de 115 mil homens extraíram 100 toneladas de ouro, carregando nas costas por uma montanha de 150 metros de altura. Tudo isso cavado pelas mãos dos garimpeiros. E Serra Pelada, hoje, é um lago de 140 metros de profundidade. As escavações atingiram o lençol freático e tornou-se inviável bombear a água para a continuação do garimpo manual. Em 1984, o governo do presidente Figueiredo pagou uma indenização de US$ 69 milhões à Vale, então a estatal Companhia Vale do Rio Doce, que detinha o direito de exploração mineral da área. O cineasta Victor Lopes, diretor do documentário “Serra Pelada - A Lenda da Montanha de Ouro”, trabalhou e pesquisou por dez anos para realizar o filme. E, como disse em entrevista ao jornal O Globo, só então entendeu que aquele momento social envolve drama, política, violência, perdas e sonhos.

Para saber mais sobre Serra Pelada: Filme

Serra Pelada Diretor: Heitor Dhalia - Ano: 2012 O filme se passa em 1980, quando dois amigos deixam São Paulo em busca da Serra Pelada, sonhando com a riqueza. E tudo muda na vida deles: um torna-se um gângster e o outro muda seus valores. Com Juliano Cazarré e Júlio Andrade.

Documentário

Serra Pelada - A Lenda da Montanha de Ouro Diretor: Victor Lopes - Ano: 2013 Uma investigação sobre as lendas e os fatos por trás de Serra Pelada. Depoimentos de Eliezer Batista, pai de Eike Batista e ex-presidente da Vale, Ricardo Kotsho, jornalista, e Sebastião Salgado, além do garimpeiros que viveram Serra Pelada.

Livro

Serra Pelada – Uma Ferida Aberta na Selva Autor: Ricardo Kotscho Editora: Brasiliense - Ano: 1984 Compilação de uma série de reportagens do repórter Ricardo Kotscho, que traz fatos importantes sobre o garimpo no auge dos acontecimentos, a partir de relatos e personagens. que viveram lá.

Fotografia

Serra Pelada Autor: Sebastião Salgado Editora: Editions Nathan - Ano: 1999 Um dos mais importantes registros de Serra Pelada. As fotos de Sebastião Salgado fizeram o movimento, conhecido como formigueiro humano, ecoar no mundo todo.

Fotografia

Autor: André Dusek, da IstoÉ As fotos da reportagem fotográfica publicada no Correio Braziliense em 1980 transformaram-se em exposição e ensaio publicado na revista francesa Photo Reporter. CasaS • 14

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Sustentabilidade

Nova riqueza A busca pela riqueza devastou Serra Pelada, no Pará. O cenário de devastação é resultado do garimpo, que extraiu toneladas de ouro com métodos artesanais. A mineração é, por natureza, uma atividade não sustentável: afinal, tira da terra seus minerais preciosos e finitos. O mercúrio, neste processo do passado, tornou-se elemento de trabalho na serra paraense, que hoje encara o desafio de recuperar, além do meio ambiente, a esperança da sua população, que, um dia, acreditou que uma vida melhor seria possível. Um futuro melhor pode ser escrito. No Mato Grosso, em Peixoto de Azevedo, município que é referência no Brasil por seus métodos de sondagem de áreas para extração de minérios, a implantação de tecnologias diminui os impactos ambientais. Por lá, a Cooperativa de Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto, numa parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, faz a revitalização do Viveiro de Mudas Municipal, que, futuramente, produzirá em torno de 100 mil mudas de árvores nativas, frutíferas e ornamentais para serem plantadas em áreas degradadas pelo garimpo. Em Diamantino e Alto Paraguai, também no Mato Grosso, as catras do garimpo das cabeceiras do Rio Paraguai serão transformadas em tanques para piscicultura. O programa – apoiado pela Associação Diamantinense de Ecologia, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e organização não governamental WWF – prevê o plantio de grama, limpeza e implantação do criatório de peixes.

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O Parque Temático de Mineração Beripoconé, no município de Poconé (MT), promoveu uma melhoria da qualidade de vida da população, transformando uma área considerada um problema em espaço útil à comunidade, com áreas verdes e de lazer. Entre as ações feitas pelo governo e pela comunidade, destaque para o mapeamento das superficiais e das áreas de risco para o estabelecimento de um plano de recuperação, realização de obras de conformação topográfica, estabilização das encostas da antiga cava de garimpo, disciplinamento das águas pluviais para controle de processos erosivos e revegetação. O mirante virou ponto turístico, o viveiro resguarda as mudas usadas num processo nada fácil de recuperação da flora e a infraestrutura do parque – trilhas de caminhadas, quadras de vôlei e peteca, quiosques, banheiros, equipamentos de ginástica – disponibiliza mais vida fora de casa. Um antigo garimpo de diamantes, na Chapada Diamantina (BA), transformado em espaço de arte e cultura, é fruto de trabalho duro. O curioso lugar, localizado em Lençóis e batizado de Cratera Lunar, tem barrancos escavados na argila branca pela mineração no século 19. Transforma-se em palco, bem iluminado e decorado, para receber o festival Ressonar. A inspiração dos organizadores vem de iniciativas do exterior, que procuram lugares inóspitos para realização de eventos alternativos. Pouco a pouco, os voluntários que organizam o Ressonar trazem vida nova ao estéril ambiente.

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Sustentabilidade

Vila da Serra Pelada Pouco ou quase nada restou para a antiga Vila da Serra Pelada, vizinha da mais rica, densa e povoada área de garimpo do país. Da cratera de 190 metros, cavada à mão pelos garimpeiros, também nada ficou. Só água. O maior garimpo a céu aberto do mundo tornou-se um grande lago. A possibilidade de retomada da atividade garimpeira – anunciada em meados dos anos 2000 – renovou as expectativas da população. Desta vez, não só pelo sonho dourado, mas pelo trabalho planejado que começaria a ser feito ali e que poderia promover um salto no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Serra Pelada – localidade que não conta com saneamento básico, calçamento, casas de alvenaria e que ainda registra alta incidência de doenças graves, como aids e hanseníase. A Universidade de São Paulo e a Cooperativa dos Garimpeiros dos Minérios de Serra Pelada (Coomigasp), por exemplo, fizeram estudos para que o mercúrio fosse substituído por substâncias que causassem menos impacto ambiental. Serra Pelada receberia, com a chegada de uma mineradora, investimentos em qualidade de vida da população local, com estímulos ao comércio e à agroindústria, além de promover a recuperação do meio ambiente após a fase de mineração. A mineradora sustentaria, também, campanhas de assistência à população da vila, programas de requalificação profissional e outras ações voltadas a promover saúde, educação e infraestrutura. Algumas obras até foram feitas em escolas públicas e no posto de saúde da Vila. Por enquanto, a Nova Serra Pelada é uma promessa. Na época, a mineradora canadense Colossus Geologia e a cooperativa de ex-garimpeiros locais buscaram reativar o garimpo na Região Amazônica, mas, por diversos motivos, desde o início de 2014, a Colossus está fora de cena e Serra Pelada continua na espera dos próximos capítulos. CasaS • 18

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Design

Elegância e requinte são características dos criados-mudos e cômodas da coleção Mezzo, assinada pelo Studio Saccaro. Versáteis, os criados têm duas diferentes larguras, podendo ser usados como mesas de cabeceira ou apoios. Todos os itens possuem gavetas com extração total. O detalhe em couro enobrece as peças.

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O elegante banco Composê tem estrutura revestida em couro, com pespontos aparentes. O design assinado pelo Studio Saccaro usa linhas retas e contínuas.

Sofisticada, a cabeceira de cama Goma é também muito acolhedora, com seus gomos estofados e abas que envolvem o colchão. Design Studio Saccaro.

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Saccaro

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História na mesa

Mesa Serra Pelada: design inovador, ousado e elegante, inspirado nas riquezas naturais e na história de nosso país

Um dos mais impressionantes episódios da história recente do Brasil serviu de inspiração para o designer Roque Frizzo, criador da Mesa Serra Pelada. Com olhos de artista, Roque percebeu o interessante desenho das curvas que os garimpeiros esculpiram na montanha, e com base nessas curvas criou uma belíssima peça de design. A mesa Serra Pelada tem corpo todo composto com anéis de madeira, reproduzindo com perfeição o perfil da maior mina de ouro a céu aberto do mundo.

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Saccaro

Exclusividade é outra das características da mesa Serra Pelada. Como o revestimento é feito com lâminas de madeira natural, cada corpo é diferente, único. Cada produto é diferente do outro no que diz respeito aos veios e tonalidades das madeiras. A base é em inox escovado e o tampo é de vidro, permitindo a visualização de todos os detalhes e curvas do corpo da mesa. O conjunto resulta em um design imponente, ousado, elegante. A mesa Serra Pelada é, sem dúvida, uma obra de arte do design.

Roque Frizzo, o designer da mesa, fala sobre sua criação “O projeto Serra Pelada começou em junho de 2014, quando fui convidado pela Saccaro para desenvolver um projeto-conceito. Vínhamos de uma sequência de ótimos projetos: a mesa Canavial, de 2012, e a mesa Mangue, de 2013. Meu processo de criação se desenvolve por meio de encadeamento de ideias estimulado, principalmente, por fotografias e vídeos. Um assunto leva a outro, que leva ao próximo e assim sucessivamente. Estava estudando regiões do Brasil que pudessem inspirar o início do projeto. Sempre buscando associar com o posicionamento da marca, que é Design Habitat. Lembro que num determinado momento da pesquisa eu estava navegando num banco de imagens com fotografias aéreas do desmatamento da região amazônica, a partir desse momento uma sucessão de ideias relacionadas às intervenções do homem no planeta me levou a traçar as primeiras linhas do projeto, uma mesa representando uma grande escavação. Esse conceito deu rumo ao projeto, foi quando assisti ao documentário Serra Pelada - A lenda da

Mina em miniatura: Roque Frizzo reproduziu no corpo da mesa as curvas criadas pelos garimpeiros na montanha

Montanha de Ouro, do diretor Victor Lopes (2010), que relata uma das maiores escavações feitas pelo homem. Motivado pela riqueza do assunto, desenhei um mesa repleta de simbolismo. Poucos fizeram fortuna em Serra Pelada, uma esperança vazia que desapontou muitos garimpeiros quando o garimpo foi fechado. Inundado pela natureza, ele hoje é um lago. Observando a parte interna da mesa vemos um grande vazio que não pode ser tocado. Há um tampo de vidro sobre esse vazio, representando o lago que hoje cobre Serra Pelada. Ficamos em volta observando o fundo sem poder alcançá-lo, como os garimpeiros na borda da mina. Ao olharmos pelo lado de fora, vemos a montanha que foi removida com picaretas, sem nada ao redor, nem dentro nem fora, apenas uma estrutura de metal que a sustenta. Metal seria ouro, então?

Design

As formas arredondadas e linhas curvas da cadeira Luna remetem ao design escandinavo. Os pés palito são elementos de tradição e elegância, traduzindo o requinte de uma época. Com encosto em polímero, estrutura em madeira e assento estofado, a Luna é perfeita para uso em ambientes corporativos. Design Studio Saccaro.

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Com design do Studio Saccaro, a cadeira Lina tem formas imponentes e sofisticadas, que realçam qualquer ambiente de jantar. Totalmente estofada, ela é também muito confortável. CasaS •27

Viagem

Ela é um segredo bem preservado. Fica no norte do Brasil, lá em cima, ao lado do Amazonas. Tem a honra de dizer: faço parte da Amazônia, a floresta mais importante do mundo! É quente, em todos os sentidos, repleta de sabores exóticos, aromas sedutores e possui a maior feira a céu aberto da América Latina, a aclamada Ver-o-Peso. A capital paraense é banhada pela Baía de Guajará, tem cerca de um milhão e meio de habitantes, é cheia de túneis verdes formados pelas copas das Mangueiras e tem um povo cordial. Ela é a bola da vez!

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Rumo Norte!

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Viagem

Uma cidade de (bons!) contrastes

Herança do passado

O clima é quente o ano inteiro. A chuva é um fenômeno corriqueiro e, consequentemente, o guarda-chuva está sempre embaixo do braço, preso na bicicleta ou no banco de trás do carro. E, claro, é fácil encontrar vendedores ambulantes salvando a vida dos esquecidos ou desavisados. No inverno, chove mais e a temperatura não assusta tanto. No verão, o termômetro não perdoa e a sensação térmica pode chegar a 35 graus. E mesmo com o calor dominando os 365 dias do ano, o tacacá é hábito diário dos habitantes: por volta das 18 horas, as filas se formam nas calçadas junto às barracas que vendem a sopa feita de tucupi, camarão seco, goma de tapioca e jambu. Então, tome coragem e coloque a barraca da dona Maria na sua lista dos “imperdíveis” da cidade, e acredite: é uma delícia e cai bem. Uma série de chefs paraenses tem recebido notoriedade nacional e internacional e encantado público e crítica. Para comprovar a fama desses ilustres cozinheiros, vale reservar um jantar no Restaurante Manjar das Garças e render-se ao Menu Degustação. Espere encontrar pratos tão bem montados que dá vontade de comer com os olhos. A apresentação feita pelo chef Allan Renato Souza é primorosa, assim como os sabores e as combinações que o mineiro radicado há muitos anos na capital faz. O ambiente deixa melhor o que já é bom, a sensação é de estar no Caribe. Se você chegar ainda de dia, poderá contemplar a beleza do Parque Ecológico Mangal das Garças e do Rio Guamá.

Rapidamente, nota-se a arquitetura europeia espalhada por boa parte da cidade, que em alguns pontos está muito bem preservada. Em outros, há a promessa de revitalização. Logo entendemos que este “ar de Velho Mundo” se deve aos áureos tempos da borracha, ocorridos entre 1890 e 1920, quando franceses, portugueses e espanhóis exportavam toneladas de monômero (que vem do látex) para o exterior, faziam fortuna e construíam belas casas, teatros e praças na cidade. Desses tempos, ficou a herança de uma cidade belíssima. A Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, de 1909, faz parte deste mosaico de belezas do passado, e foi construída no estilo neoclássico, inspirada na Basílica de São Pedro do Vaticano. Seu interior é surpreendente: estátuas de mármore, colunas de granito italiano, vitrais franceses, portas e sinos de bronze. Na fachada, é possível ver a pintura de índios e europeus. No bairro de Nazaré, considerado um dos melhores da cidade e local dos hotéis cinco estrelas, é possível admirar o conjunto de casarões do início da Século XX, que hoje se tornaram sede de bancos, docerias e restaurantes.

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Belém do

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Viagem

Vale quanto pesa A Feira Ver-o-Peso está debruçada na Baía do Guajará e foi inaugurada em 1627. Ele se divide por setores: comece pela parte de comidinhas e siga o fluxo, passando pelas bancas das farinhas e castanhas, das frutas até chegar nas ervas e, finalmente, no Mercado de Ferro do Peixe. Do outro lado da rua está o Mercado Bolonha, também conhecido como Municipal, local das carnes e de uma beleza arquitetônica impressionante, assinada pelo engenheiro Francisco Bolonha. Se em outras partes do Brasil o açaí é consumido com granola e frutas e usado para dar energia, por estas bandas seu efeito é sonífero, afinal, quem pode resistir ao peixe frito com farinha d’água ou de tapioca e açaí? É tiro e queda, uma refeição destas vem acompanhada de uma soneca. A barraca do Louro fica aberta 24 horas, vende 30 latas de açaí por dia, 150 quilos de peixe e é considerada uma das melhores para provar da iguaria paraense que é uma espécie de arroz e feijão para eles. Conforme o tipo da raiz de mandioca, mudam o sabor, a cor e a textura. As raízes são catalogadas como finas, médias ou grossas. Cada uma vai bem com um determinado tipo de prato. Por exemplo: a grossa, também conhecida por graúda ou baguda, acompanha o açaí. A caldeirada pede a média, como explica o

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seu Serrão, da barraca de farinhas: “Todo final de semana, em casa, os paraenses preparam uma receita diferente, e a farinha nunca pode faltar”. Ao se tratar de frutas, nenhum lugar bate a diversidade amazônica. Além dos sucos (seja corajoso e prove-os sem açúcar, para sentir o real sabor das frutas), elas também aparecem em pratos salgados.

Quando a Itália e o Brasil se encontram

Da cozinha do italiano mais tradicional da cidade, a Famiglia Sicilia, sai o ravioli recheado de cupuaçu com molho de queijo cuia preparado pela chef Angela Sicilia. Categoria: de comer de joelhos! A história do restaurante começa com Giuseppe Sicilia, que chegou da Itália em 1954, conheceu a mineira Jussara e abriu a cantina Dom Giuseppe. O italiano, da província de Agrigento, ensinou a noiva a cozinhar os pratos da terra natal e juntos conquistaram Belém. Um quarto de século depois, os filhos assumem o negócio. Enquanto Fabio assina a carta de vinhos, sugere harmonizações aos clientes e administra o negócio, Angela toca o fogão. Em 25 anos, quase nada mudou, com exceção do nome e dos fornos ultratecnológicos adquiridos por Fabio – os produtos continuam frescos, as receitas seguem autênticas e a clientela mais fã do que nunca.

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Viagem

Segredos à beira do rio Uma das primeiras microcervejarias a abrir no Brasil foi a Amazon Beer, que teve a visão de instalar seus tonéis e serpentinas na Estação das Docas, um mix de Puerto Madero, Water Front e Fisherman’s Warf no norte brasileiro. Ali ela é produzida e servida. À beira do Guamá dá para ver o horizonte largo e o rio de águas tranquilas. É exatamente este o melhor lugar para assistir ao sol se pôr; portanto, reserve uma mesa e sente-se na primeira fila. A poucos metros estão os guindastes do porto, da metade do Século XIX, que dão um ar ainda mais misterioso ao complexo gastronômico. Todas as cervejas da Amazon são artesanais, não utilizam conservantes e contêm um ingrediente amazônico. A Stout Açaí foi eleita como a melhor cerveja de 2014 no Festival Brasileiro da Cerveja em Blumenau.

Para harmonizar com as loiras, ruivas e morenas, o chef Allan Renato Souza (o mesmo do Manjar) criou um cardápio recheado com comidinhas de boteco sem deixar de lado o sotaque local. Ele fez uma releitura de pratos clássicos da gastronomia amazônica e levou o tacacá para dentro do pastel. Os bolinhos ganharam os ingredientes do Pato no Tucupi. Sem esquecer do palmito pupunha servido na casca. O melhor horário para conhecer a Estação é ao entardecer. Há restaurantes e lojas de artesanato distribuídos nos três armazéns, como o brasileiríssimo Lá em Casa, da chef Daniela Martins, e a famosa sorveteria Cairu, que merece um tempo na sua agenda. Use e abuse da sua curiosidade e só escolha sua bola de sorvete depois de provar uma pazinha dos sabores de açaí, tapioca, cupuaçu, castanha, bacuri, taperebá, graviola, mangaba e carimbó. CasaS • 34

Os 5+ de Fabio Sicilia O chef, sommelier, professor e consultor gastronômico Fabio Sicilia representa muito bem a típica simpatia paraense. Em dois minutos de conversa, ele parece seu amigo de longa data. Se a prosa se estende, vem à tona sua paixão pelas frutas amazônicas e a história da criação do Gaudens, nome que escolheu para a sua marca de chocolates gourmet 100% paraenses. Ele conta com orgulho que o cacau é uma fruta originária do Pará, motivo pelo qual a praga Vassoura de Bruxa não causou tanto estrago em solo amazônico como no baiano. Quando se deu conta de que poderia produzir chocolate de forma artesanal, e ainda criar blends próprios, não teve dúvida: comprou uma máquina de moer. De lá para cá, produz todo o chocolate usado na calda do sorvete Cairu, no petit gâteau e nas bolachinhas que acompanham o café do seu restaurante: o Famiglia Sicilia. CasaS • 35

Viagem





Quando não está pelo mundo cozinhando em jantares da ONU, em festivais no Líbano e em feiras de vinhos na Itália, bate ponto em cinco lugares de Belém, que adora e recomenda: no Santa Chicória, onde pede o rolinho de pato; no Circus SteakHouse, do famoso Arthurzão, come o jamburguer de jambu, castanha-do-pará e queijo Marajó; no Saudosa Maloca, o pirarucu na chapa; no Xícara da Silva, o caranguejo; e no Remanso do Bosque, o peixe Filhote na grelha.

Museu Emílio Goeldi No meio da minifloresta em que se encontram os 5,2 hectares do Museu Emílio Goeldi (o Museu da Amazônia) ainda é possível ver vegetação nativa e uma cutia circulando pelas trilhas. A casa cor de rosa no estilo colonial, do ano de 1866, está logo na entrada. Dentro dela acontecem mostras culturais e está exposta a onça empalhada, que morava no pequeno zoológico do museu. Ao caminhar entre as árvores, você descobre o lago e a casinha que abriga a loja onde são vendidos livros da fauna, flora e história da Amazônia, além de peças de artesanato produzidas pelas tribos de índios Kayapó e Kaapor.



Parque da Residência

O Parque da Residência é o típico lugar para um passeio descompromissado. Em uma ponta está a casa que já foi residência do governador Magalhães Barata, lembrado por combater com punho forte a criminalidade, e ao lado dela estão o orquidário com

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mais de 400 espécies e o delicado coreto no estilo francês. A escultura do poeta paraense Rui Barata encontra-se sentada em um dos bancos que recebem a sombra da copa das árvores. Sente-se junto a ele e deixe a tarde passar… O belo caminho com pedras portuguesas leva à Estação Gasômetro, ex-Companhia de Gás do Pará e atual teatro, que tem estrutura de ferro e vidro. Ainda por estas bandas está o antigo e bem restaurado vagão de trem. Sem dúvida, cada detalhe revela muito da alma desta cidade tão ao norte, tão bonita e tão cheia de surpresas!

A cidade combina natureza, história, gastronomia, arte e muita alegria. Impossível não se apaixonar pela capital paraense

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Viagem

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Para conhecer as praias:

Santarém A cidade de Santarém fica

a uma hora e meia de voo de Belém e às margens do Rio Tapajós. A praia de água doce mais concorrida dessas paragens é Alter do Chão, que foi eleita pelo jornal The Guardian como a mais bonita do Brasil. Não é à toa que é chamada de caribe amazônico. No verão, aproveite as areias branquinhas ao lado dos lagos esverdeados. No inverno, navegue pela Floresta Encantada. Dicas da consultora de turismo Nayara Salgado, que foi nossa guia na elaboração do roteiro em Belém.

Salinas Salinópolis é o balneário

mais em voga no Pará. Em um passeio de um dia, no esquema bate e volta, é possível chegar até ele e desbravar a praia de Salinas, que fica a 220 km de Belém. Na maré baixa a faixa de areia fica enorme. Ponto alto: os peixes de água salgada e mariscos. Também é possível conhecer a bucólica Ilha de Mosqueiro, onde as praias são de rio, em alguns pontos com ondas de até 2 metros de altura. Imperdível: as melhores tapiocas do Pará são preparadas na Praça da Vila. A ilha está a 70 km da capital. Dicas do Allan Roffé, da Atage Turismo, que oferece esses dois passeios.

Quem leva? Atage Turismo Telefone:(91) 3349.4649 Onde se hospedar Crowne Plaza Hotel Avenida Nazaré, 375 (91) 3202-2000 www.crowneplaza.com O que visitar Museu Emílio Goeldi Avenida Magalhães Barata, 376 São Brás Telefone:(91) 3182-3200 www.museu-goeldi.br Parque da Residência Av. Governador Magalhães Barata, 830 Telefone: 91 4009-8715 Basílica Nossa Senhora de Nazaré Pça. Justo Chermont, s/nº Memorial do CAN www.basilicadenazare.com.br Telefone: (91) 4009-8400 Onde comer e beber Famiglia Sicilia Avenida Conselheiro Furtado, 1420 Batista Campos Telefone:(91) 4008-0001 www.famigliasicilia.com Manjar das Graças Passagem Carneiro da Rocha, Cidade Velha Telefone:(91) 3242-1056 www.manjardasgarcas.com.br Amazon Beer Rua Boulevard Castilhos França, s/n Estação das Docas Telefone:(91) 3212-5400 www.amazonbeer.com.br Mercado Ver-o-Peso Boulevard Castilhos França, s/n Estação das Docas Avenida Boulevard Castilho, s/n Campina (91) 3212-5525 www.estacaodasdocas.com.br Sorveteria Cairu Avenida Boulevard Castilho, s/n Campina Barraca de tacacá da Dona Maria Av. Nazaré, altura do nº 902 Nazaré (91) 9142-0433 Lá em Casa Estação das Docas Avenida Boulevard Castilho França, s/n Galpão 2, loja 4, Telefone: 91-3212.5588 www.laemcasa.com/historia

Atage Turismo CasaS • 39

Design

Com referências ao mobiliário escandinavo, o aparador Flow tem formas puras, livres de excessos, proporções alongadas e simplificadas. A bandeja é totalmente revestida em couro ecológico e não há puxadores aparentes. Design Studio Saccaro.

O buffet Calatrava foi criado pelo Studio Saccaro tendo como referência as ideias do arquiteto Calatrava, e seu desenho lembra uma ponte. A estética livre de excessos, com base fluida, é também muito funcional: são duas portas e dois gavetões amplos, com abertura por toque.

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A estética dos anos 50 inspirou a criação desta coleção de sofás e poltronas, assinada pelo designer Emerson Borges. De linhas leves e dinâmicas, a coleção 50s é perfeita para espaços compactos.

A irreverência e a graça dos puffs Max Ponto conquistam o público. Aplicações artesanais em ponto cruz conferem às peças efeitos exuberantes e exclusivos. Design Studio Saccaro.

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Gastronomia

Festa dos Os olhos brilham quando é mencionado o nome Pará. Não há um chef de cozinha que não sucumba a ele. Este estado brasileiro, no extremo norte do país, faz parte da Amazônia! Traduzindo: é abençoado com o melhor da terra. Sua culinária recebeu forte influência indígena e revela alguns vestígios deixados pelos portugueses e africanos. Os peixes vêm do rio e do mar, e há uma quantidade expressiva de frutas. A castanha-do-pará é usada de diversas formas: triturada até virar caldo, ralada, em pedaços ou inteira. Bem, a farinha não pode faltar na mesa de um bom paraense, que deixa claro: para cada prato usamos uma farinha diferente. O pato no tucupi, maniçoba e tacacá são algumas das receitas tradicionais da marcante e saborosa cozinha paraense.

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s Sentidos CasaS • 43

Gastronomia

Neta de Peixe…

Ela virou cozinheira por osmose: conhecimento e sina que vêm de gerações. Seu pai foi uma espécie de Gastón Acurio do Pará. Da mesma forma que o chef peruano tornou a gastronomia de seu país conhecida e desejada pelo mundo afora, Paulo Martins fez a cozinha amazônica ser vista e provada além dos limites do norte do Brasil. Mas antes dele, teve dona Anna Maria, cozinheira de mão cheia e conhecedora da terra onde nasceu, que virou quituteira e abriu um dos primeiros restaurantes de Belém, em 1972, no porão de sua casa. Hoje, Daniela Martins toca o Lá em Casa com delicadeza, tranquilidade e total vocação. Depois de se especializar na Escola de Gastronomia de Aires Scavone e Arte Culinária Laurent, jogou sua âncora em Belém e assumiu o legado iniciado por sua avó.

FILHOTE NA CASTANHA COM ARROZ DE JAMBU

(Para 4 pessoas) INGREDIENTES: 01 quilo de Filhote (peixe de rio da Amazônia de carne branca e tenra) 03 limões ½ copo de vinho branco A gosto: temperos verdes (salsa, cebolinha, cheiro-verde, alfavaca e chicória) A gosto: sal A gosto: água 250 gramas de castanha-do-pará fresca 1/2 litro de leite 200 ml de creme de leite 200 g de arroz branco pronto 100 g de jambú pré-cozido e picado 05 g de alho picado A gosto: azeite PREPARO DA FAROFA: - Em uma tigela, coloque a farinha d’água de mandioca, o leite de coco, o molho vinagrete e o azeite. Misture, corrija o sal. - Ferva a água com a manteiga. - Ponha a água com a manteiga aos pouquinhos sobre a farinha e os ingredientes já misturados. A farofa deve ficar molhada, sem formar pirão. Junte por último o pirarucu. Corte as cebolas em rodelas finas. PREPARO DO FILHOTE: - Corte o peixe em 4 postas, lave-os em água corrente e 1 limão. - Faça um “vinha-d’alho” com o sumo de 2 limões, alho picado, sal a gosto, 1/2 copo de água, 1/2 copo de vinho e os temperos verdes bem picadinhos; envolva as postas do peixe e deixe descansar por aproximadamente 2 horas. Seque bem as postas e passe na farinha de trigo, tirando a excesso. - Em uma frigideira antiaderente ou em uma chapa de ferro bem quente, com um fio de azeite ponha para grelhar até dourar dos dois lados o peixe; reserve.

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PREPARO DO LEITE DE CASTANHA: - Passe num processador de alimentos ou liquidificador o leite com as castanhas frescas, formando um leite encorpado. Passe em uma peneira para separar o leite da massa. Ponha o leite para ferver, tempere com sal a gosto e adicione o creme de leite. Reserve. PREPARO DO ARROZ: - Em uma frigideira antiaderente coloque um fio de azeite e o alho picado. Deixe dourar, coloque o jambu picado e por último o arroz já pronto. Prove o sal e reserve. COMO SERVIR: - Coloque o arroz num lado do prato, disponha no centro do prato o leite da castanha e, por último, o peixe grelhado.

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Gastronomia

Universidade a céu aberto

A melhor maneira de entender um paraense, e conhecer sua rica gastronomia, é passando algumas horas na vibrante Feira Ver-oPeso. Comece tomando o café da manhã no Vê o Rio e peça por uma tapioquinha de queijo cuia e suco de capuaçu, os preferidos de Daniela. Ao chegar no setor de frutas, que fica um pouco mais adiante, deixe seu olfato conduzir e, claro, não resista quando seu olhar for seduzido pelo formato e cores da ajuru, araçá, biribá, carambola, cupuaçu, graviola, inajá, mangaba, taperebá, tucumã, buriti e, obviamente, o açaí. O jambu é uma espécie de “melhor amigo” dos cozinheiros, pois está em quase tudo. A erva verde-escura é um dos protagonistas do tacacá e do pato no tucupi, mas não estranhe se a encontrar em uma pizza. Para acompanhar a receita do Filhote desta reportagem, Daniela a utilizou no risoto. E, assim, ela vai garantindo sua hegemonia no cardápio paraense. A farinha de mandioca tem papel semelhante ao do jambu: é presença frequente nos pratos, seja como parte da receita ou como um importante complemento.

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MANIÇOBA

(Para 35 pessoas - por ser um prato cujo preparo leva 7 dias, nunca é feito em porções pequenas ) INGREDIENTES: 2 paneiros³ de folhas de mandioca ( maniva ) 2 quilos de toucinho branco 2 quilos de toucinho defumado 2 quilos de pé de porco salgado 2 quilos de orelha de porco salgada 2 quilos de língua de porco salgada 2 quilos de rabo de porco salgado 2 quilos de lombo de porco salgado 2 quilos de costela de porco salgada 1 1/2 quilo de paio 1 1/2 quilo de chouriço 1 1/2 quilo de linguiça de porco 4 quilos de bucho de boi 4 quilos de charque COMO FAZER: - Pique as folhas de mandioca (maniva) sem os talos e moa muito bem em uma máquina de moer carne, até dar 6 quilos - Num panelão com bastante água, leve a maniva moída ao fogo brando e deixe ferver durante 72 horas. Mexa de vez em quando, dando pelo menos três boas mexidas por período (manhã, tarde e noite); isto é feito para que as folhas não grudem na panela. Coloque sempre água, pois a massa não pode ficar seca. Quando for dormir, complete a água de novo e deixe o fogo o mais baixo possível. - Passadas as 72 horas, acrescente o toucinho branco (sem cortar) e o toucinho defumado (também inteiro).Deixe ferver por mais 24 horas, sempre em fogo brando e completando a água e dando no mínimo três boas mexidas por período. - Com a maniva continuando a ferver na tarde do quarto dia: à parte, ponha as carnes salgadas e o charque de molho para tirar o excesso de sal. Ficam de fora apenas o paio, o chouriço, a linguiça e o bucho de boi. - No quinto dia, corte em pedaços do tamanho de servir o bucho de boi e escalde muito bem para tirar todo o cheiro. Corte também em tamanho de servir as carnes salgadas, lave bem e afervente, junte tudo

e ponha no panelão em que a maniva continua fervendo por mais 48 horas, desligando o fogo quando for dormir. - No sexto dia corte em rodelas o paio, o chouriço e a linguiça e ponha para ferver. - No sétimo dia a maniçoba já está pronta e fica como se fosse uma feijoada. - A cor da maniva, que no início do cozimento é verde bem vivo, vai se transformando até ficar um verde muito escuro, quase preto. COMO SERVIR : Sirva com arroz branco, farinha d’água de mandioca e uma pimenta-de-cheiro. NOTAS: ALFAVACA - Tempero amazônico que lembra o manjericão. CHICÓRIA - Tempero verde típico da Amazônia, é usado no preparo de pratos regionais. Não confundir com o legume Chicória, existente no sul do Brasil. CHEIRO VERDE - No sul é o coentro. PIMENTA-DE-CHEIRO - Pimenta de cor amarela muito cheirosa sem entretanto queimar muito, é usada no Pará para fazer molho de pimenta ao tucupi. É planta regional da Amazônia e é autêntica marca registrada da cozinha paraense. BANANA COMPRIDA - Banana de tamanho grande de cor amarela. É muito usada na culinária amazônica. FARINHA D’ÁGUA DE MANDIOCA - Farinha de mandioca feita com a mandioca que fica de molho no rio. É mais hidratada que as farinhas secas feitas no resto do Brasil. JAMBÚ - Erva de largo uso no Pará, que entra na composição de vários pratos típicos. Ao ser mastigada, provoca um leve tremor e amortecimento nos lábios e língua. Talvez por isso, muitos o apontem como afrodisíaco. PANEIRO - Cesto típico do Pará feito com talos trançados de guarumã.

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Gastronomia



Ao chegar em Belém, certamente alguém vai dizer: você tem que provar o Filhote de Mosqueiro. E deve mesmo. Pescado ao longo da Ilha de Marajó, os principais pratos feitos com ele são as caldeiradas, o filé com crosta de castanhado-pará e amêndoas, e o assado na brasa. Na receita da Daniela, o Filhote é servido grelhado com molho do leite da castanha-do-pará. O tucupi, extraído da mandioca, é um caso de “ame-o ou deixe-o”. Comece provando o tacacá: uma sopa quente em que o caldo amarelo é feito de tucupi. Se aprovado, vá para a segunda etapa e peça o Pato no Tucupi, onde mais uma vez encontramos o jambu. A maniçoba é um caso especial e deixá-la de fora seria um equívoco, pois é o prato mais emblemático da cozinha paraense. De origem indígena, pede sete dias de cozimento e deve ser preparada em grandes quantidades. A necessidade de uma semana no fogão acontece pela maniva (folha da mandioca moída) ter um alto índice de ácido cianídrico. Ela é chamada de feijoada, recebe todas as carnes de uma, mas no lugar do feijão entra a maniva. Ao final de uma viagem ou até mesmo ao terminar de comer um prato regional, você compreende que se trata muito mais do que apenas ingredientes e do modo de preparo: estamos falando de raízes, de cultura e de tradição. Estes são os principais temperos deste Brasil, que transborda autoestima e ainda vai dar muito o que falar!

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PATO NO TUCUPI

(Para 6 pessoas) INGREDIENTES 2 patos médios 6 litros de tucupi 6 maços de jambu 1 maço de alfavaca 1 maço de chicória 2 cabeças de alho 20 pimentas-de-cheiro A gosto: sal Para o “vinha-d’alho”: 5 limões - 3 cabeças de alho. A gosto: sal 1/2 litro de vinho branco 1 pimenta-de-cheiro PREPARO - Lave os patos em água corrente. - Em um recipiente, prepare o “vinha-d’alho” com o suco dos limões, 3 cabeças de alho socadas, o vinho branco, a pimenta-de-cheiro, sal e água a gosto. - Tempere os patos no “vinha-d’alho” e deixe descansar de um dia para o outro na geladeira. - Asse os patos em forno médio por cerca de 90 minutos. - Após os patos esfriarem, corte-os em 4 pedaços cada. - Em uma panela, coloque para ferver o tucupi com 3 pimentas-de-cheiro, 2 cabeças de alho, alfavaca, chicória e sal a gosto. Coloque os pedaços de pato nesse caldo, até ficarem bem macios. - Desosse e tire a pele dos patos já macios. PREPARO DO JAMBU: Cate o jambu, separando as folhas com os talos mais tenros. Lave em água corrente. Em uma panela com água fervente e sal a gosto, escalde levemente o jambu.Escorra e reserve. MOLHO DE PIMENTA DE CHEIRO: As pimentas restantes devem ser amassadas com sal a gosto e 1 dente de alho socado, completando com um pouco de tucupi quente. COMO SERVIR: Em um prato de sopa, coloque os pedaços de pato e cubra-os com o jambu e o restante do tucupi que não foi usado para amaciar os patos. O pato no tucupi é servido com arroz branco, farinha d’água de mandioca e molho de pimenta.

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Gastronomia

SERVIÇO

Lá em Casa Estação das Docas Avenida Boulevard Castilho França S/N Galpão 2, loja 4, Fone 91-3212.5588 Belém do Pará - PA www.laemcasa.com/historia

Feira Ver-o-Peso Boulevard Castilhos França, s/n Belém do Pará - PA

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Coleção Noronha – Design Roque Frizzo para a Saccaro. Crédito da foto – Guilherme Jordani.

design by Guto Indio da Costa

Air

Design

Ana Revello Vazquez e Renato Solio assinam as belas mesas de centro da coleção Sequoia. Os pés das mesas são totalmente inspirados nos troncos das Sequoias, árvores de dimensões gigantescas, com bases grandiosas. A coleção Sequoia tem mesas redondas, quadradas e retangulares, com diferentes alturas, e os tampos podem ser personalizados.

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Objeto de grande efeito decorativo, o espelho Fases, criado pelo Studio Saccaro, tem linhas retas e detalhes chanfrados na moldura de madeira.

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Projetos

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Lazer, contemplação A revista Saccaro CasaS percorreu o Brasil para reunir nesta reportagem projetos de áreas internas e externas que primam pela inventividade, bom gosto, funcionalidade e pelo emprego de soluções que valorizam os próprios imóveis e a cultura do local onde estão inseridos. A seguir, conheça os 5 projetos escolhidos, incluindo áreas residenciais, condominiais, um espaço de mostra e até um hotel.

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Projetos

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Puro Nos fundos de uma casa no Leblon, aproveitando um terreno em aclive, a arquiteta Andrea Chicaro concebeu esta belíssima área de lazer com dois pavimentos. Na parte de baixo, ao lado da piscina, um grande salão multiúso, com cozinha e churrasqueira, mesa de refeições, home theater e lavabo é o local perfeito para a família receber os amigos nos finais de semana. Lá se pode passar o dia todo, especialmente no verão. O ambiente é descontraído, colorido, mas elegante e prático. São poucos móveis em grandes proporções. A cozinha recebeu tinta azul nas paredes e, delimitando o ambiente de jantar, pedras portuguesas forram a parede do fundo. Piso em porcelanato antiderrapante, tecidos water proof, cadeiras em acrílico, para que as pessoas, mesmo molhadas da piscina, possam aproveitar o ambiente.

Arquiteta Andrea Chicaro Rio de Janeiro - RJ

Projetos

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As grandes portas de correr permitem total integração com a área externa, onde fica a piscina. Por fora, uma escada leva à cobertura do salão, equipada com hidromassagem, espreguiçadeiras e mesa redonda para refeições. Esta laje dá acesso ao jardim de trás, onde existe um parquinho para as crianças. Ao fundo foi projetada uma sauna com vidro em quina para aproveitar a linda vista do bairro.

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Projetos

Burle Marx

Os jardins tropicais de Burle Marx inpiraram a criação da bela Praça Casa Cor RJ, projeto assinado por Emmilia Cardoso e Marisa Lima. Transmitir paz, tranquilidade, estimular o respeito à natureza e proporcionar um espaço especial para contemplação nos jardins do palacete Linneo de Paula Machado – esses foram os objetivos das profissionais ao projetar o ambiente, que conta com quase mil m². Emmilia e Marisa criaram um lago sinuoso que serpenteia entre três imponentes mangueiras, proporcionando um clima de relax que só a água pode nos dar. Um pequeno lounge completa o espaço, com móveis confortáveis para o descanso e a contemplação.

Emmilia Cardoso Arquiteta e Paisagista e Marisa Lima Paisagista Rio de Janeiro - RJ e São Paulo-SP CasaS • 62

O projeto de luz ficou a cargo do premiado iluminador Peter Gasper, que concebeu uma iluminação teatral, valorizando as copas das árvores. O lounge reflete todo o verde ao redor através de sua parede espelhada. Aconchegantes sofás e chaises da Saccaro têm como moldura um elegante jardim vertical com desenho livre, fugindo do tradicional geométrico com espécies como samambaias, bromélias, aspargos e peperônias. O jardim vertical dá charme ao local, além de proporcionar um resfriamento natural, ideal para o clima carioca.

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Projetos

Junto ao antigo jardim da casa, pontificam dois recantos com piso em deck plástico, além de mesas e cadeiras, sombreados por ombrelones. Todo esse mobiliário tem a assinatura da Saccaro. Pensando na sustentabilidade, as profissionais aproveitaram algumas plantas existentes no jardim do palacete. Bastante entulho foi utilizado na confecção dos caminhos e foram selecionados móveis de madeira certificada, além dos decks, que são de plástico reciclado. O lago, com peixes japoneses e carpas, é envolvido por um jardim tropical com bromélias, filodendros, sansevierias, moreias, palmeiras e outras espécies.

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Projetos

cenográfico A 100 quilômetros de Salvador, no município de Mata de São João, está o Grand Palladium Imbassai Resort & Spa, com cerca de 1.500 m² de área construída. Concebido como um resort all inclusive de luxo, o hotel tem projeto de interiores de autoria do arquiteto Mário Figueiredo. O maior destaque do projeto é sua proposta cenográfica, que evidencia o grande porte do empreendimento. A criação de Mário contempla o lobby e a recepção, cinco restaurantes, o terraço dos restaurantes, dois

Arquiteto Mário Figueiredo Salvador - BA

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bares, disco, teatro, lounge, centro de convenções e 650 habitações, totalizando cerca de 80 mil m² de projetos de interiores. Nos diversos ambientes projetados, o profissional optou por móveis Saccaro, de diferentes coleções. No lobby e na recepção

buscou evidenciar o luxo do resort, utilizando materiais como mármore, latão e peças douradas em abundância. O pé-direito de 8 metros reforça a sensação de magnitude. A utilização de obras de arte de conceituados artistas baianos, como Bel

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Projetos

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Borba e Ray Vianna, insere em um contexto internacional a cultura do local onde o hotel foi implantado. Três dos cinco restaurantes são temáticos: o Japonês, o Hindu e o Rodízio. Além destes, Mário Figueiredo concebeu também a ambientação dos outros dois restaurantes, do Sports Bar e do Whisky Bar.

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Projetos

residencial

A ambientação das áreas de lazer deste condomínio com características de clube residencial, localizado na parte continental de Florianópolis (SC), tem a assinatura do arquiteto Giovani Bonetti (escritório Marchetti + Bonetti) e da paisagista Juliana Castro (escritório Jardins e Afins). Os dois profissionais uniram seus talentos para dar vida a todas as áreas de uso comum do Sun Towers Residence: duas piscinas – uma para os adultos e outra infantil –, espaço gourmet, salão de festas, sauna, sala de fitness, quadra poliesportiva, minigolfe e parque de diversões.

Juliana Castro Arquiteta e Paisagista Tais Marchetti Arquiteta Giovani Bonetti Arquiteto Florianópolis -SC CasaS • 70

Os quatro primeiros espaços ganharam ainda mais requinte e leveza com o mobiliário da Saccaro, tanto nas áreas internas como nas externas.

Outro destaque deste projeto localizado no Balneário Estreito são as árvores frutíferas do jardim, que proporcionam uma atmosfera natural

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Projetos

ao espaço. Juliana concebeu o paisagismo buscando alguns efeitos lúdicos: para que a sombra das plantas crie um lindo desenho de piso, para que as árvores frutíferas atraiam os pássaros e para proporcionar aos moradores a oportunidade de colher frutas do pé, como quem mora em uma casa com um lindo quintal.

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Projetos

ao bem viver Repaginar por completo uma residência de 280 m², localizada em um condomínio em Aracaju (SE), foi a missão conferida ao arquiteto Wesley Lemos. Nas mãos de Wesley, a morada, adquirida em comemoração às bodas de 25 anos de um casal, passou por reforma e ambientação total, transformando-se no cenário perfeito para uma vida familiar feliz, com simplicidade e conforto. O projeto priorizou a integração dos espaços e o aconchego, e conferiu contemporaneidade à arquitetura original. A residência ganhou novas texturas e detalhes em madeira e cerâmica, criando cenários modernos, sofisticados e totalmente sintonizados com o clima tropical.

Arquiteto Wesley Lemos Sergipe - SE

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Projetos

No interior, a arquitetura de traços limpos prima pelos tons neutros e o uso de matérias-primas naturais, revelando a elegância em detalhes. Unindo belos móveis a um bem planejado projeto de iluminação e a um destacado acervo de obras de arte assinadas por artistas sergipanos, Wesley Lemos criou ambientes aconchegantes para os moradores e seus convidados. A repaginação do imóvel conferiu total integração com a área externa do terreno de 800 m². É lá que fica o charmoso bangalô com espaço gourmet, hidromassagem e uma charmosa área de convivência. Usando madeira e elementos étnicos, o arquiteto produziu uma ambientação naturalmente chique, pontuada por tons quentes e um belo paisagismo.

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Design

A poltrona Venere é uma espécie de reverência à deusa Vênus e às coisas simples da vida. Suas formas orgânicas e materiais naturais se integram ao ritual do bem viver. Estrutura em fibra natural e base em madeira maciça, com assinatura do Studio Saccaro.

O Studio Saccaro criou a poltrona Eva para compor ambientes modernos com toques artesanais. A base de linhas retas e contínuas recebe uma concha de fibra trançada à mão, valorizando o conceito Handmade.

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Materiais naturais se unem para dar vida ao banco Hacienda, que também funciona como mesa lateral ou de apoio. Composto por madeira multilaminada, ele é formado por planos que criam uma volumetria exuberante. O segmento chanfrado e a alça em couro conferem um ar jovem e divertido à peça. Design Studio Saccaro.

O banco São Benedito, criação do Studio Saccaro, tem formas que remetem aos tambores e às danças populares do Maranhão. Trançado em fibra sintética, tem diversas opções de tecidos para o assento. CasaS •79

una mesa la trama intrincada de las raíces y las huellas de los cangrejos sobre el lodo. En las próximas páginas usted va a sorprenderse con la belleza, la diversidad y la efervescencia del mangue. ¡Buena lectura, buen viaje! Los editores

Índice Serra Pelada:

la segunda mayor concentración de trabajo humano del mundo, después de las pirámides de Egipto. El sueño de la riqueza..

Belén do Pará:

Descubra las mayores atracciones de la bella y “caliente” (en todos los sentidos) capital del estado de Pará

Tapa Revista Saccaro CasaS Año 3 #4 – Marzo de 2015

Madera de Oro

Mesa Serra Pelada, diseño inspirado en las riquezas naturales y en la historia de Brasil

Belén de Pará

Los mil y un encantos de la bella y efervescente capital paraense

Gastronomía:

La culinaria de Pará es muy rica, con una fuerte influencia indígena e ingredientes únicos

Proyetos:

Cinco propuestas inspiradoras para ambientes internos y externos

Mesa Serra Pelada:

diseño innovador y osado, inspirado en las riquezas naturales y en la historia de nuestro país.

Proyectos

Cinco propuestas creativas y funcionales para ambientes internos y externos

Nota del Editor Diseño de oro Serra Pelada fue un marco en la historia de Brasil. Tan importante y tan emblemático que inspiró la creación de diversas manifestaciones artísticas y culturales: películas, documentales, libros, ensayos fotográficos, además de innumerables estudios antropológicos, económicos y sociales. El hormiguero humano ahora sirvió como inspiración para otro tipo de arte: el diseño. Las curvas esculpidas en la montaña por los buscadores de oro y piedras preciosas, moldearon el cuerpo de la mesa Serra Pelada, creación del diseñador Roque Frizzo. Osadía, sensibilidad, talento y un extremo cuidado en la ejecución se unieron para darle vida a un producto bellísimo. Un objeto que también merece pasar para la historia, una pieza de diseño singular, que carga en sus curvas un pedazo de la vida de este gigante país. Con el trabajo de Roque Frizzo para Saccaro, ahora el mangue tiene influencia también en otra importante área del conocimiento humano: el diseño. Este hábitat natural fue la inspiración de Frizzo para la creación de la colección Mangue, que reproduce en CasaS • 80

Paginas 10 - 11

En busca de la tierra del oro La tierra, desde los primordios de la civilización, es proveedora de la sobrevivencia, a partir de la plantación de alimentos, pero también de la fascinación con la extracción de minerales, como oro, plata y diamantes. Las historias de las navegaciones y las conquistas de los hombres en los siglos XVII y XVIII crearon el imaginario sobre el descubrimiento del oro: esperanza de riqueza fácil.

Paginas 12 - 13 Portugueses cruzaron el océano en busca de oro en las Américas. Minas Gerais produjo dinero para tantos. Y, cuando ya no se podía creer que Brasil todavía resguardara tesoros, en ese momento surgió Serra Pelada. Un lugar profundo por todo lo que allí sucedió. Una mezcla de tierra, oro y agua, poder, historia, violencia y avaricia. La región, hoy perteneciente al municipio de Curionópolis, queda en el estado de Pará, en la región Norte del país. En 1979, la primera pepita de oro fue encontrada por un trabajador de una hacienda y, tiempos después, confirmada por las autoridades locales. La noticia recorrió todo Brasil y, en los primeros meses de 1980, más de 30 mil hombres llegaron en busca de oro. En un proceso de extracción artesanal, el suelo retirado era quebrado, lavado y pasado por mercurio. La mezcla, cuando era calentada, evaporaba el mercurio y dejaba apenas el sueño dorado, motivación de una de las historias más surreales de Brasil. No solamente personas humildes entraban en aquella búsqueda llena de esperanza, buscando un cambio de vida. De acuerdo con Sirlei Gedoz, doctora en Historia de Brasil y profesora de Historia contemporánea en la Unisinos (Universidad del valle de los Sinos), buscadores de oro y labradores se mezclaban con médicos, choferes, padres, ingenieros y todo tipo de gente. “La historia, creo, justifica ese movimiento. Cuando hablamos de los años 80, acostumbramos denominarlos como ´la década perdida de la economía brasileña´. Tuvimos uno de los mayores índices de desempleo ya vividos y personas eran presas por vagancia. La nueva corrida del oro surge como una esperanza”, cuenta la doctora Sirlei Gedoz. El área se transformó en el mayor yacimiento de oro y piedras preciosas a cielo abierto del mundo. Es considerada la segunda mayor concentración de trabajo humano de la historia, después de las pirámides de Egipto”. Los militares interfirieron, intentando organizar el caos, bajo el comando del mayor Sebastián Curió. Para evitar posibles confusiones, mujeres y bebidas no entraban en los yacimientos de Sierra Pelada. “Hombres de pequeña estatura, delgados, tímidos en un primer momento, a pasos rápidos o lentos, siempre caminando con cargas, a una velocidad constante. Eran tantos que las muertes en las avalanchas de tierra causaban poco impacto. La hilera se volvía a formar y a moverse. El retrato era semejante al de las Minas Gerais del siglo XVIII. Brasil miró por la televisión las escenas de hombres que vivían y comían mal y trabajaban como esclavos. Y del tiempo de la Colonia llegaría el

modelo de control. Los generales dieron su aval a Curió para que reagrupara a los hombres en una gran aldea, donde prevalecía el sistema de tutela, con el control de armas y salidas, como en la época en que se aprisionaban carajás a lo largo del (río) Araguaia”, describe el libro: “¡Mata!: el mayor Curió y las guerrillas en el Araguaia”, de Leonencio Nossa.

Director: Víctor Lopes – Año: 2013 Una investigación sobre las leyendas y los hechos reales por detrás de Sierra Pelada. Entrevistas de Eliezer Batista, padre de Eike Batista y ex presidente de la empresa Vale, Ricardo Kotsho, periodista y Sebastián Salgado, además de los buscadores de oro que vivieron en Serra Pelada.

Libro Sierra Pelada: Una herida abierta en la selva Autor: Ricardo Kotscho Editora: Brasiliense – Año: 1984 Compilación de una serie de reportajes del periodista Ricardo Kotscho, que trae hechos importantes sobre el yacimiento en el auge de los acontecimientos, a partir de relatos de personajes. Paginas 14 - 15 La historia de la Sierra Pelada conmovió al mundo por las lentes del fotógrafo brasileño Sebastián Salgado, que registró el “hormiguero humano”. Y las fotos todavía resuenan. “Cuando llegué, la sensación fue muy fuerte. Lo que sentí fue como si yo estuviera escuchando el oro en el alma de las personas”, dice en el documental de Víctor Lopes. Más de 115 mil hombres extrajeron 100 toneladas de oro, cargando en sus espaldas una montaña de 150 metros de altura. Todo eso cavado con las manos de los buscadores de oro. Y Sierra Pelada, hoy, es un lago de 140 metros de profundidad. Las excavaciones alcanzaron la capa freática y se hizo inviable bombear el agua para la continuación de la búsqueda manual. En 1984, el gobierno del presidente Figueiredo, pagó una indemnización de US$ 69 millones a la empresa Vale, en aquel entonces la estatal Companhia Vale do Rio Doce [Compañía Valle del río Dulce], que tenía el derecho de exploración mineral del área. El cineasta Víctor Lopes, director del documental “Sierra Pelada: la leyenda de la montaña de oro”, trabajó e investigó durante diez (10) años para realizar la película. Y, como dijo en una entrevista al noticiero O Globo [El Globo], solamente entonces entendió que aquel momento social envuelve drama, política, violencia, pérdidas y sueños.

Fotografía Sierra Pelada Autor: Sebastián Salgado Editora: Editions Nathan – Año: 1999 Uno de los más importantes registros de Sierra Pelada. Las fotos de Sebastián Salgado crearon un movimiento, conocido como hormiguero humano, que resonó en todo el mundo.

Fotografía Autor: André Dusek, de la revista IstoÉ [Esto es] Las fotos del reportaje fotográficos publicado en el diario Correo brasiliense en 1980, se transformaron en una exposición y un ensayo publicado en la revista francesa Photo Reporter.

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Nueva riqueza Para saber más sobre Sierra Pelada: Película Sierra Pelada Director: Heitor Dhalia – Año: 2012 La película transcurre en 1980, cuando dos amigos dejan San Pablo en busca de Sierra Pelada, soñando con la riqueza. Todo cambia en la vida ellos: uno se transforma en un gánster y el otro cambia sus valores. Con Juliano Cazarré y Julio Andrade.

Documental Serra Pelada: La leyenda de la montaña de oro

La búsqueda por la riqueza devastó Sierra Pelada, en el estado de Pará. El escenario de devastación es resultado del yacimiento, que extrajo toneladas de oro con métodos artesanales. La minería es, por naturaleza, una actividad no sustentable: al final, retira de la tierra sus minerales preciosos y finitos. El mercurio, en este proceso del pasado, se transformó en un elemento de trabajo en la sierra del estado de Pará, que hoy encara el desafío de recuperar, además del medio ambiente, la esperanza de su población, que, un día, creyó que una vida mejor sería posible. Un futuro mejor puede ser escrito. En el estado de Mato Grosso, en Peixoto de Azevedo, municipio que es referencia en Brasil por sus métodos de sondaje de áreas para extracción de minerales,

la implementación de tecnologías disminuye los impactos ambientales. Por allá, la Cooperativa de buscadores de oro y piedras preciosas del valle del río Peixoto, en una sociedad estratégica con la Secretaría de medio ambiente, realiza la revitalización del vivero municipal, que futuramente, producirá alrededor de 100 mil plantas de árboles nativos, fructíferos y de adorno, para que sean plantados en áreas degradadas por el yacimiento. En Diamantino y en el Alto Paraguay, también en el estado de Mato Grosso, las catras del yacimiento de las cabeceras del río Paraguay serán transformadas en tanques para la piscicultura. El programa, apoyado por la Asociación diamantinense de ecología, el Instituto brasileño de medio ambiente (Ibama) y la ONG (organización no gubernamental) WWF, prevé que se plante césped, la limpieza y la implantación del criadero de peces. El parque temático de minería Beripoconé, en el municipio de Poconé (estado de Mato Grosso), promueve una mejoría en la calidad de vida de la población, transformando un área considerada un problema, en un espacio útil para la comunidad, con áreas verdes y de ocio. Entre las acciones realizadas por el gobierno y por la comunidad, destacamos el mapeado de las superficiales y de las áreas de riesgo para el establecimiento de un plan de recuperación, la realización de obras de conformación topográfica, estabilización de las laderas de la antigua cava del yacimiento, un proceso para disciplinar las aguas pluviales para el control de los procesos erosivos y la revegetación. El mirante se transformó en un punto turístico, el vivero resguarda las plantas usadas en un proceso nada fácil de recuperación de la flora y la infraestructura del parque: senderos para caminatas, canchas de voleibol y de peteca (deporte que se practica con una pelota con plumas), quioscos, baños, equipamientos de gimnasia, coloca a disposición más vida afuera de la casa. Un antiguo yacimiento de diamantes, en la Chapada diamantina (en el estado de Bahía), transformado en un espacio de arte y de cultura, es el fruto de un trabajo muy duro. El curioso lugar, localizado en Lençois (Sábanas) y bautizado como Cratera lunar, tiene barrancas excavadas en la arcilla blanca por la minería durante el siglo XIX. Se transforma en palco, bien iluminado y decorado, para recibir el festival Resonar. La inspiración de los organizadores viene de iniciativas del exterior, que buscan lugares inhóspitos para la realización de eventos alternativos. Poco a poco, los voluntarios que organizan el festival Resonar traen vida nueva al estéril ambiente.

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Villa de la Sierra Pelada

Design

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Poco o casi nada restó para la antigua Villa de la Sierra Pelada, vecina de la más rica, densa y poblada área de un yacimiento en el país. De la catrera de 190 metros, cavadas a mano por los buscadores de oro y piedras preciosas, tampoco quedó nada. Solamente agua. El mayor yacimiento a cielo abierto del mundo se transformó en un gran lago. La posibilidad de retomar la actividad de búsqueda de oro y piedras preciosas, anunciada a mediados de los años 2000, renovó las expectativas de la población. Esta vez, no solamente por el sueño dorado, sino por el trabajo planificado que comenzaría a ser realizado allí y que podría promover un salto en el Índice de desarrollo humano (IDH) de Sierra Pelada, localidad que no cuenta con estructura básica de cloacas, pavimentación, casa de albañilería y que, como si esto fuera poco, registra una alta incidencia de enfermedades graves, como SIDA y hanseniasis (lepra). La Universidad de San Pablo y la Cooperativa de los buscadores de oro y piedras preciosas en los yacimientos de Serra Pelada (Coomigasp), por ejemplo, realizaron estudios para que el mercurio sea sustituido por sustancias que causen menos impacto ambiental. Sierra Pelada recibiría, con la llegada de una empresa de minería, inversiones en calidad de vida de la población local, con estímulos para el comercio y para la agroindustria, además de promover la recuperación del medio ambiente después de la fase de trabajos de minería. La empresa del área de la minería sustentaría, también, campañas de asistencia a la población de la villa, programas de recalificación profesional y otras acciones dirigidas a promover la salud, la educación y la infraestructura. Algunas obras hasta fueron realizadas en escuelas públicas y en el puesto de salud pública de la villa. Por ahora, la Nueva Sierra Pelada es una promesa. En aquel momento, la mayor empresa del área de la minería de Canadá, Colossus Geologia y la cooperativa de ex buscadores locales intentaron reactivar el yacimiento en la región amazónica, pero, por diversos motivos, desde el inicio de 2014, la empresa Colossus está afuera de la escena y Sierra Pelada continúa en la espera de los próximos capítulos.

Elegancia y requinte son características de las mesitas de luz y las cómodas de la colección Mezzo, firmada por el Studio Saccaro. Versátiles, las mesitas de luz tienen dos (02) diferentes anchos, pudiendo ser utilizadas como mesas de cabecera o de apoyo. Todos los ítems poseen cajones con extracción total. El detalle en cuero ennoblece las piezas.

Las formas arredondeadas y líneas curvas de la silla Luna remiten al diseño escandinavo. Las patas palito son elementos de tradición y elegancia, traduciendo el requinte de una época. Con respaldo en polímero, estructura en madera y asiento tapizado, la Luna es perfecta para usar en ambientes corporativos. Design Studio Saccaro

El elegante banco Composé tiene estructura revestida en cuero, con pespunte aparente. El diseño firmado por el Studio Saccaro usa líneas rectas y continuas. Sofisticada, la cabecera de cama Goma es también muy acogedora, con sus gomos tapizados y asas que envuelven al colchón. Design Studio Saccaro.

Con diseño del Studio Saccaro, la silla Luna [¿Lina?] tiene formas imponentes y sofisticadas, que realzan cualquier ambiente de comedor. Totalmente tapizada, ella es también muy confortable.

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Historia en la mesa Uno de los más impresionantes episodios de la historia reciente de Brasil le sirvió de inspiración al diseñador Roque Frizzo, creador de la mesa Serra Pelada. Con ojos de artista, Roque percibió el interesante diseño de las curvas que los buscadores de oro y piedras preciosas esculpieron en la montaña, y con base en esas curvas creó una bellísima pieza de design. La mesa Serra Pelada tiene todo el cuerpo compuesto con anillos de madera, reproduciendo con perfección el perfil de la mayor mina de oro a cielo abierto del mundo. Exclusividad es otra de las características de la mesa Serra Pelada. Como el revestimiento es realizado con láminas de madera natural, cada cuerpo es diferente, único. Cada producto es diferente al otro en lo que se refiere a las venas y a las tonalidades de las maderas. La base es en acero inoxidable escobado y la tapa es de vidrio, permitiendo la visualización de todos los detalles y las curvas del cuerpo de la mesa. El conjunto resulta en un diseño imponente, osado, elegante. La mesa Serra Pelada es, sin dudas, una obra de arte del design. Mina en miniatura: Roque Frizzo reprodujo en el cuerpo de la mesa las curvas creadas por los buscadores de oro y piedras preciosas en la montaña

Rumbo norte Ella es un secreto bien preservado. Queda en el norte de Brasil, allá arriba en el mapa, al lado del Amazonas. Tiene la honra de decir: formo parte de la Amazonia, ¡la floresta más importante del mundo! Es caliente, en todos los sentidos, repleta de sabores exóticos, aromas seductores y posee la mayor feria a cielo abierto de América Latina, la aclamada “Ver el peso”. La capital del estado de Pará es bañada por la bahía de Guajará, tiene cerca de un millón y medio de habitantes, está repleta de túneles verdes formados por las copas de los árboles de manga y tiene un pueblo cordial. ¡Ella es la ciudad del momento!

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granito italiano, vitrales franceses, puertas y campanas de bronce. En la fachada, es posible ver la pintura de indios y de europeos. En el barrio de Nazaret, considerado uno de los mejores de la ciudad y local de los hoteles cinco (05) estrellas, es posible admirar el conjunto de caserones del inicio del siglo XX, que hoy se transformaron en sedes de bancos, restaurantes y otras casas de comidas. Belén sorprende y encanta: de la arquitectura europea a las delicias locales, cada espacio es un feliz descubrimiento

Una ciudad de (¡buenos!) contrastes El clima es caluroso el año entero. La lluvia es un fenómeno cotidiano y, como consecuencia, el paraguas está siempre abajo del brazo, preso en la bicicleta o en el banco de atrás del auto. Y, claro, es fácil encontrar vendedores ambulantes salvando la vida de los olvidadizos o los desavisados. Durante el invierno, llueve más y la temperatura no asusta tanto. En el verano, el termómetro no perdona y la sensación térmica puede llegar a los 35 grados. E incluso con el calor dominando los 365 días del año, el tacacá es un hábito diario de los habitantes de la ciudad. Alrededor de las 18 horas, las filas se forman en las veredas junto a las barracas que venden esa sopa hecha con tucupi, camarones secos, goma de tapioca y jambu. Entonces, ármese de coraje y coloque la barraca de doña María en su lista de los “imperdibles” de la ciudad y puede creerlo: es una delicia y cae bien. Una serie de chefs del estado de Pará han conseguido notoriedad nacional e internacional y han encantado al público y a la crítica. Para comprobar la fama de estos ilustres cocineros, vale reservar una cena en el restaurante Manjar das Graças [Manjar de las Gracias] y rendirse al menú Degustación. Espere encontrar platos tan bien montados que dan ganas de comer con los ojos. La presentación realizada por el chef Allan Renato Souza es primorosa, así como los sabores y las combinaciones que el minero –radicado hace muchos años en aquella capital- realiza. El ambiente deja mejor lo que ya es bueno, la sensación es que se está en el Caribe. Si usted llega cuando todavía es de día, podrá contemplar la belleza del Parque ecológico Mangal de las Gracias y del río Guamá.

Herencia del pasado Rápidamente se nota la arquitectura europea distribuida por buena parte de la ciudad, que en algunos puntos está muy bien preservada. En otros, existe la promesa de revitalización. Enseguida entendemos que este “aire de viejo mundo” se debe a los áureos tiempos de la goma, ocurridos entre 1890 y 1920, cuando franceses, portugueses y españoles exportaban toneladas de monómero (que viene del látex) para el exterior, hacían fortunas y construían bellas casas, teatros y plazas en la ciudad. De esos tiempos, quedó la herencia de una ciudad bellísima. La Basílica de Nuestra Señora de Nazaret, de 1909, forma parte de este mosaico de bellezas del pasado, y fue construida en el estilo neoclásico, inspirada en la Basílica de San Pedro del Vaticano. Su interior es sorprendente: estatuas de mármol, columnas de

chef Ángela Sicilia. Categoría: ¡Comer de rodillas! La historia del restaurante comienza con Giuseppe Sicilia, que llegó de Italia en 1954, conoció a la minera Jussara y abrió la cantina Don Giuseppe. El italiano, de la provincia de Agrigento, le enseñó a la novia a cocinar los platos de la tierra natal y juntos conquistaron Belén. Un cuarto de siglo después, los hijos asumen el negocio. Mientras Fabio firma la carta de vinos, les sugiere armonizaciones a los clientes y administra el negocio, Ángela se encarga de la cocina. En 25 años, casi nada cambió, con excepción del nombre y de los hornos ultra tecnológicos adquiridos por Fabio; los productos continúan frescos, las recetas siguen auténticas y la clientela está más fanática y fiel que nunca.

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Vale lo que pesa La feria “Ver el peso” está debruzada en la bahía de Guajará y fue inaugurada en 1627. Ella se divide por sectores: comience por la parte de las comidas rápidas y siga el flujo, pasando por las bancas de las harinas y las castañas, de las frutas hasta llegar a las hierbas y, finalmente, en el Mercado de hierro del pez. Del otro lado de la calle está el mercado Bolonha, también conocido como Municipal, local de las carnes y de una belleza arquitectónica impresionante, firmada por el ingeniero Francisco Bolonha. Si en otras partes de Brasil el açai es consumido con granola y frutas y usado para dar energía, por esta región del mundo su efecto es somnífero, al final, ¿quién puede resistir un pescado frito con harina de agua o de tapioca y açai? Es indiscutible, una comida de estas viene acompañada de una siesta. La barraca do Louro [la barraca del rubio] está abierta 24 horas, y vende 30 latas de açai por día, 150 kilos de pescado y es considerada una de las mejores para probar esta delicia paraense que es una especie de arroz y porotos [frijoles] para ellos. De acuerdo con el tipo de raíz de mandioca, cambian el sabor, el color y la textura. Las raíces son catalogadas como finas, medianas o gruesas. Cada una va bien con un determinado tipo de plato. Por ejemplo: la gruesa, también conocida como “grande”, acompaña al açai. La calderada pide la mediana, como explica el señor Serrao, del almacén de las harinas: “Todo fin de semana, en casa, los habitantes de Pará, preparan una receta diferente y la harina nunca puede faltar”. Al tratarse de frutas, ningún lugar le gana a la diversidad amazónica. Además de los jugos (sea valiente y pruébelos sin azúcar, para sentir el verdadero sabor de cada una de las frutas), ellas también aparecen en platos salados.

Cuando Italia y Brasil se encuentran De la cocina del italiano más tradicional de la ciudad, la Famiglia Sicilia, salen los ravioles con cupuaçu con salsa de queso cuia, preparado por la

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Secretos al lado del río Una de las primeras micro-cervecerías que abrió en Brasil fue Amazon Beer, que tuvo la visión de instalar sus toneles y serpentinas en la Estación de las docas, un mix de Puerto Madero, Water Front y Fisherman´s Warf en el norte brasileño. Allí, ella es producida y servida. A las márgenes del Guamá, se pueden ver el horizonte largo y el río de aguas tranquilas. Es exactamente este el mejor lugar para mirar el sol cuando se pone; por lo tanto, reserve una mesa y siéntese en primera fila. A pocos metros están los guinchos del puerto, de la mitad del siglo XIX, que dan un aire más misterioso al complejo gastronómico. Todas las cervezas de la Amazon son artesanales, no utilizan conservantes y contienen un ingrediente amazónico. La Stout Açai fue elegida como la mejor cerveza de 2014 en el Festival brasileño de la cerveza, en Blumenau (en el estado de Santa Catarina). Para armonizar con las rubias, las pelirrojas y las morenas, el chef Allan Renato Souza (el mismo de Manjar) creó un menú lleno con comidas rápidas de bar, sin dejar de lado el toque local. Él realizó una relectura de platos clásicos de la gastronomía amazónica y llevó el tacacá para adentro de las empanadas. Los bollitos ganaron los ingredientes del pato en el Tucupi. Sin olvidarse del palmito pupunha servido en su cáscara. El mejor horario para conocer la Estación es al atardecer. Hay restaurantes y tiendas de artesanías distribuidos en tres (03) almacenes, como el híper brasileño Lá em casa [Allá en casa], de la chef Daniela Martins, y la famosa heladería Cairu, que merece un tiempo en su agenda. Use y abuse de su curiosidad y solo elija su helado después de haber probado un poquito de açai, tapioca, cupuaçu, castaña, bacuri, taperebá, graviola, mangaba y carimbó. CasaS • 83

Los 5+ de Fabio Sicila El chef, sommelier, profesor y consultor gastronómico Fabio Sicila representa muy bien la típica simpatía paraense. En dos minutos de conversación, él parece su amigo de infancia. Si la conversación se extiende, aparece su pasión por las frutas amazónicas y la historia de la creación del Gaudens, nombre que eligió para su marca de chocolates gourmet 100% paraenses. Él cuenta con orgullo que el cacao es una fruta original de Pará, motivo por el cual la plaga Escoba de bruja no causó tantos estragos en suelo amazónico como en el bahiano. Cuando se dio cuenta que podría producir chocolate de forma artesanal, y además crear blends propios, no tuvo ninguna duda: compró una máquina de moler. De aquel momento hasta ahora, produce todo el chocolate utilizado en las cremas del helado Cairu, en el petit gateau y en las galletitas que acompañan el café en su restaurante: el Familia Sicilia. Cuando no está por el mundo cocinando en cenas de la ONU, en festivales en Líbano o en ferias de vinos en Italia, siempre llega a cinco (05) lugares en Belén, que adora y recomienda: Santo Chicoria, donde pide el rollito de pato. Circus SteakHouse, del famoso Arthurzao, donde come el jamburguer de jambu, castañas de Pará y queso Marajó. Saudosa Maloca, donde disfruta el pirarucu en la chapa. Xícara da Silva, donde degusta cangrejo y Remanso del bosque, donde se deleita con el pescado Filhote en la parrilla.

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Museo Emilio Goeldi En el medio de la mini floresta en la que se encuentran las 5,2 hectáreas del Museo Emilio Goeldi (el Museo de la Amazonia) todavía se puede ver vegetación nativa y un animal autóctono (pequeño) circulando por los caminos. La casa de color rosado en el estilo colonial, del año 1866, está en la entrada. Dentro de ella acontecen muestras culturales y está expuesta la onza disecada, que vivía en el pequeño zoológico del museo. Al caminar entre los árboles, usted descubre el lago y la casita que abriga la tienda en la que son vendidos libros que versan sobre la flora, la fauna y la historia de la Amazonia, además de piezas de artesanía producidas por las tribus de indios Kayapó y Kaapor. El Parque de la residencia es el típico lugar para un paseo sin compromisos. En una punta está la casa que ya fue residencia del gobernador Magalhães Barata, recordado por combatir con puño fuerte la criminalidad, y a su lado, están la plantación de orquídeas con más de cuatrocientas (400) especies y el delicado quiosco CasaS • 84

en estilo francés. La escultura del poeta paraense Rui Barata se encuentra sentada en uno de los bancos que reciben la sombra de la copa de los árboles. Siéntese a su lado y deje que la tarde pase… El bello camino con piedras portuguesas lleva a la Estación Gasómetro, ex Compañía de gas de Pará y actual teatro, que tiene estructura en hierro y vidrio. Todavía andando por esos lugares está el antiguo y bien restaurado vagón de tren. Sin dudas, cada detalle revela mucho del alma de esta ciudad tan al norte, tan bonita y ¡tan llena de sorpresas!

¿Quién lleva? Atage Turismo Teléfono:(91) 3349.4649 ¿Dónde hospedarse? Crowne Plaza Hotel Avenida Nazaré 375 Teléfono: (91) 3202-2000 www.crowneplaza.com ¿Qué visitar? Museo Emilio Goeldi Avenida Magalhães Barata 376 São Brás Teléfono:(91) 3182-3200 www.museu-goeldi.br

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Para conocer las playas Santarém

La ciudad de Santarém queda a una hora y media de vuelo desde Belén y a las márgenes del río Tapajós. La playa de agua dulce más visitada de esta región es Alter do chão, que fue elegida por el periódico The Guardian, como la más bonita de Brasil. No es casualidad que sea llamada “Caribe amazónico”. Durante el verano, aproveche las arenas blanquitas al lado de los lagos con aguas verde esmeralda. Durante el invierno, navegue por la Floresta encantada. Consejos de la consultora de turismo Nayara Salgado, que fue nuestra guía en la elaboración del recorrido por Belén. Salinas

Salinópolis es el balneario más de moda de Pará. En un paseo de un día, en el esquema ida y vuelta, es posible llegar hasta él y conocer la playa de Salinas, que queda a 220 kilómetros de Belén. En la marea baja, la franja de arena queda enorme. Punto alto: los pescados de agua salada y los mariscos. También es posible conocer la bucólica Isla de Mosqueiro, donde las playas son de río, en algunos puntos con olas de hasta dos (02) metros de altura. Imperdible: las mejores tapiocas del estado de Pará son preparadas en la Plaza de la Villa. La isla está a 70 kilómetros de la capital. Consejos de Allan Roffé, de Atage Turismo, que ofrece estos dos (02) paseos.

Parque da Residência [Parque de la residencia] Av. Governador Magalhães Barata 830 Teléfono: 91 4009-8715 Basílica Nossa Senhora de Nazaré [Nuestra Señora de Nazaret] Pza. Justo Chermont s/nº Memorial del CAN www.basilicadenazare.com.br Teléfono: (91) 4009-8400 ¿Dónde comer y beber? Famiglia Sicilia [Familia Sicilia] Avenida Conselheiro Furtado 1420 Batista Campos Teléfono:(91) 4008-0001 www.famigliasicilia.com Manjar das Graças [Manjar de las Gracias] Passagem Carneiro da Rocha Cidade Velha Teléfono:(91) 3242-1056 www.manjardasgarcas.com.br Amazon Beer Boulevard Castilhos França s/n Estação das Docas Teléfono:(91) 3212-5400 www.amazonbeer.com.br Mercado Ver-o-Peso [Mercado Ver el peso] Boulevard Castilhos França s/n Estação das Docas [Estación de las docas] Boulevard Castilho s/n Campina Teléfono: (91) 3212-5525 www.estacaodasdocas.com.br Sorveteria Cairu [Heladería Cairu] Boulevard Castilho s/n Campina

Barraca de tacacá da Dona María [Barraca de tacacá de Doña María] Av. Nazaré al 902 Nazaré Teléfono: (91) 9142-0433 Lá em Casa [Allá en casa] Estação das Docas Boulevard Castilho França s/n Galpão 2 - Loja 4 Teléfono: 91-3212.5588 www.laemcasa.com/historia

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Fiesta de los sentidos

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Design Con referencias al mobiliario escandinavo, el aparador Flow tiene formas puras, libres de excesos, proporciones alargadas y simplificadas. La bandeja es totalmente revestida en cuero ecológico y no hay jaladores aparentes. Design Studio Saccaro. El buffet Calatrava fue creado por el Studio Saccaro teniendo como referencia las ideas del arquitecto Calatrava, y su diseño recuerda un puente. La estética libre de excesos, con base fluida, es también funcional: son dos (02) puertas y dos (02) cajones amplios, con abertura por toque. La estética de los años 50 inspiró la creación de esta colección de sofás y asientos, firmada por el diseñador Emerson Borges. De líneas leves y dinámicas, la colección 50s es perfecta para espacios compactos. La irreverencia y la gracia de los puff Max Ponto conquistaron al público. Aplicaciones artesanales en punto cruz le otorgan a las piezas efectos exuberantes y exclusivos. Design Studio Saccaro.

Los ojos brillan cuando es mencionado el nombre Pará. No hay un chef de cocina que no sucumba frente a él. Este estado brasileño, en el extremo norte del país, ¡forma parte de la Amazonia! Traduciendo: es bendecido con lo mejor de la tierra. Su culinaria recibió una fuerte influencia indígena y revela algunos vestigios dejados por los portugueses y los africanos. Los pescados vienen del río y del mar, y hay una cantidad expresiva de frutas. La castaña del Pará es usada de diversas maneras: triturada hasta que se transforme en un caldo, rallada, en pedazos o entera. Bien, la harina no puede faltar en la mesa de un buen paraense, que deja claro: para cada plato usamos una harina diferente. El pato en el tucupi, maniçoba y tacacá son algunas de las recetas tradicionales de la cocina típica de la región, cocina sabrosa y que marca.

Nieta de tigre... Ella se hizo cocinera por osmosis: conocimiento y destino que viene de generaciones. Su padre fue una especie de Gastón Acurio de Pará. De la misma manera que el famoso chef peruano transformó la gastronomía de su país conocida y deseada en todo el mundo, Paulo Martins hizo que la cocina amazónica sea vista y probada mucho más allá de los límites del norte de Brasil. Pero antes de él, estuvo doña Anna María, cocinera espectacular y conocedora de la tierra en la que había nacido, que se transformó en quituteira [quien cocina quitutes: bocadillos exquisitos] y abrió uno de los primeros restaurantes de Belén, en 1972, en el sótano de su casa. Hoy, Daniela Martins dirige el restaurante Lá em casa [Allá en casa] con delicadeza, tranquilidad y total vocación. Después de especializarse en la Escuela de gastronomía de Aires Scavone y Arte culinaria Laurent, lanzó su ancla en Belén y asumió el legado iniciado por su abuela.

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Filhote en la castaña con arroz de jambu (Para 4 personas) Ingredientes: 01 quilo de filhote (pescado de río de la Amazonia con carne blanca y tierna) 03 limones ½ vaso de vino blanco 250 gramos de castaña de Pará fresca ½ litro de leche 200 ml de crema de leche 200 gramos de arroz pronto 100 gramos de jambu previamente cocinado y picado 05 gramos de ajo picado A gusto: Condimentos verdes (perejil, cebollita de hoja, ocimum y achicoria) Sal Agua Aceite Preparación de la farofa -En un recipiente, coloque la harina de agua de mandioca, la leche de coco, la salsa vinagreta y el aceite. -Mezcle y corrija la sal. -Hierva el agua con la manteca -Ponga el agua con la manteca poco a poco sobre la harina y los ingredientes ya mezclados. La farofa debe quedar mojada, sin formar pirão [papilla]. Junte, al final, el pirarucu. Corte las cebollas en rodajas finas. Preparación del filhote -Corte el pescado en cuatro (04) postas, lávelos en agua corriente y con un limón. -Haga una salsa de ajo, con el jugo de dos (02) limones, ajo picado, sal a gusto, ½ vaso de agua, ½ vaso de vino y los condimentos verdes bien picados. Envuelva las postas del pescado y deje descansar por aproximadamente dos (02) horas. Seque bien las postas y páselas por la harina de trigo, retirando el exceso. CasaS • 85

-En el quinto día, corte en pedazos del tamaño que va a servir el mondongo y escáldelo bien para sacarle todo el olor característico. Corte también, en el tamaño que vaya a servirlas, las carnes salas, lávelas bien y hágalas hervir; junte todo y colóquelo en la olla grande en la que la maniva continúa hirviendo por 48 horas más, apagando el fuego cuando vaya a dormir.

-En una sartén antiadherente o en una chapa de hierro bien caliente, con un poquito de aceite ponga para cocinar hasta que se dore de los dos (02) lados el pescado. Reserve. Preparación de la leche de castaña -Pase en un procesador de alimentos o en una licuadora la leche con las castañas frescas, formando una leche más consistente. Pase por un colador para separar la leche de la masa. Ponga a hervir la leche, condimente con sal a gusto y agregue la crema de leche. Reserve. Preparación del arroz -En una sartén antiadherente coloque un poquito de aceite y el ajo picado. Deje que se dore. Coloque el jambu picado y por último el arroz ya pronto. Pruebe la sal y reserve. Cómo servir -Coloque el arroz en un lado del plato, disponga en el centro del plato la leche de castaña y, por último, coloque el pescado.

Universidad a cielo abierto La mejor manera de entender a un paraense y conocer su rica gastronomía, es pasando algunas horas en la vibrante feria Ver-o-peso [Ver el peso]. Comience tomando el desayuno en el Vê o rio [Ve el río] y pida una tapioquita de queso cuia y jugo de capuaçu, los preferidos de Daniela. Al llegar al sector de las frutas, que queda un poco más adelante, deje que su olfato lo conduzca y, claro, no se resista cuando su mirada sea seducida por el formato y los colores de las ajuru, araçá, biribá, carambola, cupuaçu, graviola, inajá, mangaba, taperebá, tucumã, buriti y, obviamente, el açai. El jambu es una especie de “mejor amigo” de los cocineros, pues está en casi todo. La hierba verde oscuro es uno de los protagonistas del tacacá y del pato en el tucupi, pero no se extrañe si lo encuentra en una pizza. Para acompañar la receta del Filhote de este reportaje, Daniela la utilizó en el risoto. Y de esa manera, ella va garantizando su hegemonía en el menú paraense. La harina de mandioca tiene un papel semejante al del jambu: es presencia frecuente en los platos, sea como parte de la receta o como un importante complemento.

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-En el sexto día, corte en rodajas el paio, el chorizo y la longaniza y ponga todos esos ingredientes a hervir.

Manicoba

-En el séptimo día la maniçoba está pronta y queda como si fuese una feijoada.

(Para 35 personas. Por ser un plato cuya preparación lleva siete [07] días, nunca es hecho en pequeñas porciones)

-El color de la maniva, que en el inicio de la cocción era un verde bien vivo, se va transformando hasta que queda de un verde muy oscuro, casi negro.

Ingredientes

Cómo servir

2 paneros de hojas de mandioca (maniva) 2 kilos de tocino blanco 2 kilos de tocino ahumado 2 kilos de pata de cerdo salada 2 kilos de oreja de cerdo salada 2 kilos de lengua de cerdo salada 2 kilos de rabo de cerdo salado 2 kilos de lomo de cerdo salado 2 kilos de costilla de cerdo salada 1 ½ kilos de paio (tradicional embutido de la región) 1 ½ kilos de chorizo 1 ½ kilos de longaniza de cerdo 4 kilos de mondongo de buey 4 kilos de charque

Sirva con arroz blanco, harina de agua de mandioca y una pimienta de olor.

Cómo hacer -Pique las hojas de la mandioca (maniva) sin los tallos y muélalas muy bien en una máquina para moler carne, hasta que consiga seis (06) kilos. -En una olla grande con mucha agua, lleve la maniva molida al fuego suave y deje que hierva durante 72 horas. Mueva de vez en cuando, dando – por lo menos- tres (03) buenas movidas por periodo (mañana, tarde y noche). Esto se hace para que las hojas no se peguen en la olla. Coloque siempre agua, pues la masa no puede quedar seca. Cuando se vaya a dormir, complete el agua una vez más y deje el fuego lo más bajo posible. -Pasadas las 72 horas, agregue el tocino blanco (sin cortar) y el tocino ahumado (también entero). Deje que hierva durante 24 horas más, siempre a fuego lento y completando el agua y dando, como mínimo, tres (03) buenas movidas en la mezcla por periodo. -Con la maniva todavía hirviendo en la tarde del cuarto día, coloque las carnes saladas y el charque de salsa para sacarle el exceso de sal. Quedan afuera, apenas, el paio, el chorizo, la longaniza y el mondongo de buey.

Notas Alfavaca: Condimento amazónico que recuerda a la albahaca. Chicoria: Condimento verde típico de la Amazonia, es usado en la preparación de platos regionales. No se confunda con la achicoria, existente en el sur del continente. Cheiro verde: En el sur es el culantro. Pimienta de olor: Pimienta de color amarillo, muy aromática; sin embargo, no es muy picante. Es usada en Pará para hacer la salsa de pimienta al tucupi. Es una planta regional de la Amazonia y es auténtica marca registrada de la cocina paraense. Banana larga: Banana de tamaño grande y de color amarillo. Es muy utilizada en la culinaria amazónica. Harina de agua de mandioca: Harina de mandioca preparada con la mandioca que queda de remojo en el río. Es más hidratada que las harinas secas del resto de Brasil. Jambu: Hierba muy utilizada en el estado de Pará, que entra en la composición de varios platos típicos. Al ser masticada, provoca un suave temblor y adormecimiento en los labios y en la lengua; tal vez por eso, mucho lo apuntan como un elemento afrodisíaco. Paneiro: Cesto típico de Pará hecho con tallos trenzados de guarumã. Al llegar a Belén, sin duda alguna, alguien le va a decir: usted tiene que probar el Filhote de Mosqueiro. Y tiene que hacerlo, de verdad. Pescado a lo largo de la isla de Marajó, los principales platos creados con él son las calderadas, el filé con costra de castaña do Pará y almendras, y el asado en la brasa. En la receta de Daniela, el Filhote es servido a la parrilla con salsa de leche de castaña de Pará. El tucupi, extraído de la mandioca, es un caso de

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“ámelo o déjelo”. Comience probando el tacacá: una sopa caliente en que el caldo amarillo es hecho de tucupi. Si lo aprueba, puede pasar a la segunda etapa y pedir pato en el tucupi, donde –una vez más- encontramos jambu. La maniçoba es un caso especial y dejarla afuera sería una equivocación, pues es el plato más emblemático de la cocina paraense. De origen indígena, pide siete (07) días de cocción y debe ser preparada en grandes cantidades. La necesidad de una semana en el fuego acontece porque la maniva (hoja de mandioca molida) tiene un alto índice de ácido cianhídrico. Ella es llamada feijoada, recibe todas las carnes que aparecen en aquella, pero en lugar de los porotos (frijoles) entra la maniva. Al final de un viaje o incluso al terminar de comer un plato regional, usted comprende que se trata mucho más de lo que apenas ingredientes y de manera de preparación; estamos hablando de raíces, de cultura, de tradición. Estos son los principales condimentos de este Brasil, ¡que transborda autoestima y todavía va a dar mucho de lo que hablar!

socadas, el vino blanco, la pimienta de cheiro, sal y agua a gusto. -Condimente los patos en el “vinha-d´alho” y deje descansar de un día al otro en la heladera. -Ase los patos en horno medio por unos 90 minutos. -Después que los patos se enfríen, córtelos en cuatro (04) pedazos cada uno. -En una olla, coloque a hervir el tucupi con tres (03) pimientas de cheiro y dos (02) cabezas de ajo, alfavaca, chicoria y sal a gusto. Coloque los pedazos de pato en ese caldo, hasta que queden bien suaves. -Sáquele los huesos y la piel a los patos ya suaves. Preparación del jambu Separe las hojas con los tallos más tiernos del jambu. Lávelas en agua corriente. En una olla con agua hirviendo y sal a gusto, escáldelo levemente. Escurra y reserve. Salsa de pimienta de cheiro

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Design Ana Revello Vázquez y Renato solio firman las bellas mesas de centro de la colección Secuoya. Las patas de las mesas son totalmente inspiradas en los troncos de las secuoyas, árboles de dimensiones gigantescas, con bases grandiosas. La colección Secuoya tiene mesas redondas, cuadradas y rectangulares, con diferentes alturas, y las tapas pueden ser personalizadas. Objeto de gran efecto decorativo, el espejo Fases, creado por el Studio Saccaro, tiene líneas rectas y detalles chanfleados en la moldura de madera.

Las pimientas restantes deben ser amasadas con sal a gusto y un (01) diente de ajo socado, completando con un poco de tucupi caliente.

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Pato en el tucupi (Para 06 personas) Ingredientes 2 patos medianos 6 litros de tucupi 6 mazos de jambu 1 mazo de alfavaca 1 mazo de chicoria 2 cabezas de ajo 20 pimientas de cheiro [pimienta de olor] A gusto: sal Para el “vinha-d´alho” 5 limones 3 cabezas de ajo ½ litro de vino blanco 1 pimienta de cheiro A gusto: sal

Cómo servir En un plato de sopa, coloque los pedazos de pato y cúbralos con el jambu y el resto del tucupi que no fue usado para ablandar los patos. El pato en el tucupi es servido con arroz blanco, harina de agua de mandioca y salsa de pimienta. Servicio Lá em casa [Allá en casa] Boulevard Castilho França s/n Galpón 2 – Tienda 4 Teléfono: (91) 3212.5588 Belén do Pará – Pará www.laemcasa.com/historia Feira Ver-o-peso [Feria Ver el peso] Boulevard Castilho França s/n Belén do Pará – Pará

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Proyectos arquitectos Ocio, contemplación y confort La revista Saccaro CasaS recorrió Brasil para reunir en este reportaje proyectos de áreas internas y externas que priman por la inventiva, el buen gusto, la funcionalidad y por el empleo de soluciones que valoran los propios inmuebles y la cultura del local donde están inseridos. A continuación, conozca los cinco (05) proyectos elegidos, incluyendo áreas residenciales, de condominio, un espacio de muestra y hasta un hotel.

Preparación -Lave los patos en agua corriente. -En un recipiente prepare el “vinha-d´alho” con el jugo de los limones, las tres (03) cabezas de ajo CasaS • 87

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Puro deleite En los fondos de una casa en Leblon (Río de Janeiro), aprovechando un terreno con una ladera en subida, la arquitecta Andrea Chicaro concibió esta bellísima área de ocio con dos (02) niveles. En la parte de abajo, al lado de la piscina, un gran salón multiuso, con cocina y parrilla, mesa de comer, home theater y baño social, es el local perfecto para que la familia reciba a los amigos durante los finales de semana. Allá se puede pasar un día entero, especialmente en verano. El ambiente es informal, colorido, pero elegante y práctico. Son pocos muebles en grandes proporciones. La cocina recibió pintura azul en las paredes y, delimitando el ambiente de cenar, piedras portuguesas forran la pared del fondo. Piso en porcelanato antideslizante, tejidos wáter proof, sillas en acrílico, para que las personas, incluso mojadas por haber estado en la piscina, puedan aprovechar el ambiente. Con dos niveles, este anexo tiene ambientes de ocio para todos los momentos del día. Las grandes puertas de correr permiten una total integración con el área externa, en la que está la piscina. Por afuera, una escalera lleva a la cobertura del salón, equipada con hidromasaje, reposeras y una mesa redonda para comidas. Esta losa da acceso al jardín de atrás, donde existe un parquecito para los niños. Al fondo fue proyectada una sauna con vidrio en esquina, para aprovechar la linda vista del barrio.

un espacio ideal para la contemplación en los jardines del palacete Linneo de Paula Machado, esos fueron los objetivos de las profesionales al proyectar el ambiente, que cuenta con casi mil metros cuadrados (1.000 m²). Emmilia y Marisa crearon un lago sinuoso que serpentea entre tres (03) imponentes mangueras, proporcionando un clima de relax que solamente el agua nos puede dar. Un pequeño lounge completa el espacio, con muebles confortables para el descanso y la contemplación. El proyecto de luz quedó a cargo del premiado iluminador Peter Gasper, que concibió una iluminación teatral, valorando las copas de los árboles. El lounge refleja todo el verde de alrededor a través de su pare despejada. Acogedores sofás y chaises de Saccaro tienen como moldura un elegante jardín vertical con diseño libre, huyendo del tradicional geométrico con especies como helechos, bromelias, espárragos y peperomias. El jardín vertical le da un encanto especial al local, además de proporcionar un enfriamiento natural, ideal para el clima carioca. Junto al antiguo jardín de la casa, hay dos (02) espacios con piso en deck plástico, además de mesas y sillas, sombreados con grandes sombrillas de jardín. Todo ese mobiliario tiene la firma de Saccaro. Pensando en la sustentabilidad, las profesionales aprovecharon algunas plantas existentes en el jardín del palacete. Bastante escombro fue utilizado en la confección de los caminos y fueron seleccionados muebles de madera certificada, además de los decks, que son de plástico reciclado. El lago, con peces japoneses y carpas, está envuelto por un jardín tropical con bromelias, filodendros, sansevierias, moreias, palmeras y otras especies. El lounge tiene muebles confortables, que invitan al descanso y a la contemplación del bello jardín

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Efecto escenográfico Paginas 62 - 63

Inspirado en Burle Marx Los jardines tropicales Burle Marx inspiraron la creación de la bella Plaza Casa Cor RJ [Plaza Casa Color Río de Janeiro], proyecto firmado por Emmilia Cardoso y Marisa Lima. Transmitir paz, tranquilidad, estimular el respeto por la naturaleza y proporcionar CasaS • 88

A cien (100) kilómetros de Salvador, en el municipio de Mata de San Juan, está el Gran Palladium Imbassai Resort & Spa, con cerca de 1.500 m² de área construida. Concebido como un resort all inclusive de lujo, el hotel tiene un proyecto de interiores de autoría del arquitecto Mario Figueiredo. El mayor destaque del proyecto es su propuesta escenográfica, que coloca en evidencia el gran porte del emprendimiento. La creación de Figueiredo contempla el lobby y la recepción, cinco (05) restaurantes, la terraza de

los restaurantes, dos (02) bares, disco, teatro, lounge, centro de convenciones y 650 habitaciones, totalizando cerca de 80 mil metros cuadrados de proyectos de interiores. En los diversos ambientes proyectados, el profesional optó por muebles Saccaro, de diferentes colecciones. En el lobby y en la recepción buscó hacer evidente el lujo del resort, utilizando materiales como mármol, latón y piezas doradas en abundancia. El pie derecho de ocho (08) metros refuerza la sensación de magnitud. La utilización de obras de arte de conceptuados artistas bahianos, como Bel Borba y Ray Vianna, insiere en un contexto internacional la cultura local donde el hotel fue implantado. Tres (03) de los cinco (05) restaurantes son temáticos: uno japonés, uno hindú y el Rodizio [Tenedor libre]. Además de esto, Mario Figueiredo concibió también la ambientación de los otros dos (02) restaurantes: el Sports Bar y el Whisky Bar. El proyecto de interiores hace evidente la amplitud de los espacios y el lujo del resort.

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Un club residencial La ambientación de las áreas de ocio de este condominio con características de club residencial, localizado en la parte continental de Florianópolis (estado de Santa Catarina), tiene la firma del arquitecto Giovani Bonetti (del escritorio Marchetti + Bonetti) y de la paisajista Juliana Castro (del escritorio Jardins e Afins). Los dos (02) profesionales unieron sus talentos para darle vida a todas las áreas de uso común del Sun Towers Residence: dos (02) piscinas –una para adultos y otra infantil-, espacio gourmet, salón de fiestas, sauna, sala de fitness, cancha polideportiva, mini golf y parque de diversiones. Los cuatro (04) primeros espacios ganaron aún más requinte y levedad con el mobiliario de Saccaro, tanto en las áreas internas como en las externas. Otro destaque de este proyecto localizado en el balneario Estrecho son los árboles fructíferos del jardín, que le proporcionan una atmósfera natural al espacio. Juliana Castro concibió el paisajismo buscando algunos efectos lúdicos: para que la sombra de las plantas creara un lindo diseño en el piso, para que los árboles fructíferos atraigan a los pájaros y para proporcionarles a los moradores la oportunidad de recoger frutas, como quien vive en una casa con una linda huerta. El mobiliario Saccaro le confiere requinte y levedad a las áreas externas e internas.

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Invitación al bien vivir

Design

Repaginar por completo una residencia de 280 m², localizada en un condominio en Aracajú (Sergipe), fue la misión que le dieron al arquitecto Wesley Lemos. En las manos de este profesional, la morada, adquirida en conmemoración a las 25 años de un matrimonio, que pasó por reforma y ambientación total, transformándose en el escenario perfecto para una vida familia feliz, con simplicidad y confort. El proyecto priorizó la integración de los espacios y el espacio acogedor, y le ofrece un aire de contemporaneidad a la arquitectura original. La residencia ganó nuevas texturas y detalles en madera y cerámica, creando escenarios modernos, sofisticados y totalmente sintonizados con el clima tropical. En el interior, la arquitectura de trazos limpios prima por los tonos neutros y el uso de materias primas naturales, revelando la elegancia en detalles. Uniendo bellos muebles a una buena planificación proyecto de iluminación y a un destacado acervo de obras de arte firmadas por artistas del estado de Sergipe, Wesley Lemos creó ambientes acogedores para los moradores y sus invitados. La reestructuración del inmueble le dio una total integración con el área externa del terreno de 800 m². Es allá donde queda el elegante bungaló con espacio gourmet, hidromasaje y una elegante área de convivencia. Usando madera y elementos étnicos, el arquitecto produjo una ambientación naturalmente elegante, puntuada por tonos calientes y un bello paisajismo.

El asiento Venere es una especie de reverencia a la diosa Venus y a las cosas simples de la vida. Sus formas orgánicas y materiales naturales se integran al ritual del bien vivir. Estructura en fibra natural y base en madera maciza, con la firma del Studio Saccaro.

La residencia fue totalmente repaginada, quedando más moderna y más acogedora

El Studio Saccaro creó el asiento Eva para componer ambientes modernos con toques artesanales. La base de líneas rectas y continuas recibe una concha de fibra trenzada a mano, valorando el concepto handmade. Materiales naturales se unen para darle vida al banco Hacienda, que también funciona como una mesa lateral o de apoyo. Compuesto por madera multi laminada, él está formado por planos que crean una volumetría exuberante. El segmento en chanfle y el alza en cuero le confieren un aire joven y divertido a la pieza. Design Studio Saccaro. El banco San Benedito, creación del Studio Saccaro, tiene formas que remiten a los tambores y a las danzas populares del estado de Marañón. Trenzado en fibra sintética, tiene diversas opciones de tejidos para el asiento.

Até a próxima